sábado, 7 de dezembro de 2013

[Resenha] Percy Jackson e o Ladrão de Raios

Como prometido aqui está a resenha do livro que eu dei no #DicaDeLeitura ;) Aproveitem!
Percy Jackson é um garoto como
tantos outros que não se ajustam
aos padrões sociais. Em seis anos
ele já frequentou seis escolas , e
acredita que isso tenha ocorrido
porque tudo de ruim acontece com
ele, principalmente durante as
excursões escolares, o que então
motiva imediatamente sua expulsão
da instituição em que se encontra.
O garoto acredita que não pode ser
melhor que os outros, nem mesmo
tão bom quanto eles, pois seus
problemas de dislexia – dificuldades
para ler, escrever e soletrar - e de
transtorno do déficit de atenção não
o permitem. Porém, o único professor
com quem ele tem mais afinidade na
atual escola - a Academia Yancy, um
internato particular de Nova Iorque,
exclusivo para crianças consideradas
portadoras de problemas -, o Senhor
Brunner, mestre de latim, acredita
realmente que ele é mais talentoso
do que imagina.
Em uma excursão para o
Metropolitan Museum of Art , ele
descobre inesperadamente que tem
poderes desconhecidos, revelados
subitamente quando sua colega de
escola, Nancy Bobofit, humilha
Grover, seu melhor amigo. De
repente, sem saber como, ele
ingressa em um universo paralelo,
no qual seus professores não são
mais o que parecem ser.
A Senhora Dodds, mestra de álgebra,
que sempre o detestou, despe suas
vestes humanas e se revela um ser
monstruoso. O professor de latim,
que anda sobre uma cadeira de
rodas, aparece no cenário do
confronto com uma velocidade
incalculável e atira para o garoto
uma caneta que,
surpreendentemente, converte-se em
uma espada.
É com esta arma que Jackson atinge
a falsa professora, transformando-a
em pó com aroma de enxofre. O
problema é que, aturdido, achando
que tudo foi fruto de sua
imaginação, ele sai à procura da
Senhora Dodds, e descobre que ela
nunca existiu. Será que ele está
realmente enlouquecendo, criando
uma dimensão paralela para fugir de
sua problemática realidade?
É com estes elementos que o autor,
Rick Riordan, tece o primeiro
volume da série Percy Jackson e os
Olimpianos, O Ladrão de Raios, que
ocupou durante muito tempo o topo
da lista das sagas mais vendidas no
The New York Times. O que mais
fascina o público infanto-juvenil, e
até mesmo alguns adultos, nesta
obra, é a forma como o escritor
entretece ancestrais mitos gregos e
os enredos que compõem as
narrativas de aventuras do nosso
século.
Nesta trama deuses e semideuses,
como os antológicos heróis da antiga
Grécia, estão bem vivos, mas eles
normalmente não atingem a fase
adulta, pois é desta forma que o
destino escreve suas trajetórias. Nos
tempos atuais, eles não têm
consciência de quem são, e é neste
caso que se enquadra o
protagonista desta história.
Isto explica porque as coisas mais
estranhas ocorrem com ele, e dá um
certo sentido a sua até então
insípida existência. De repente o
garoto-problema se converte em um
herói no estilo das lendas narradas
pelos gregos. Ele não é mais um
incapaz, rejeitado por todos, mas
alguém com uma missão a cumprir,
mesmo que esta tarefa coloque sua vida em risco. Quem se importa com isso se, subitamente, conquista um status heróico, ainda que seja em uma realidade alternativa? Com certeza é esta possibilidade que realmente cativa o leitor.

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