segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

#DrawingDay Jennifer Lawrence

Fiz esse desenho da Jenn ontem! *--* Tava morrendo de saudades de fazer um e resolvi fazer um dela. Espero que gostem!

domingo, 29 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Continuaçao do Capitulo 8

Tiro a rede e a levo para dentro. Faço algo para comer  e decido ver tv. So faz algumas horas que me despedi dele e ja me sinto mais sozinha que o habitual. Ele era meu unico amigo e eu vou ter que aceitar as consequencias disso. As nossas escolhas interferem de uma maneira mais avassaladora na nossa vida do que a gente acaba imaginando.
Minha mae me acorda e a tv ainda esta ligada. Estava tao cansada que nem percebi o sono chegar. Ela me encara com um ar de desconfiança. Raramente eu vejo tv e muito mais raro é eu dormir no sofa.
- Laura,voce esta bem? - ela me pergunta com um tom de preocupaçao sentando a meu lado. - Esta tudo bem entre voce e Gabriel? - ela parece advinhar. Eu fito o chao por um momento antes de responder. Suspiro...
- Nao... nós nao estamos mais juntos. - ela afasta seu olhar do meu por um segundo e depois me fita novamente.
- Mas, como? Voce fez algo para ele? - e os dedos sempre se voltando contra mim.
- Nao. Fizeram a cabeça dele. Ele pensa que sou fraca demais para suportar o seu problema. - eu paro engasgando um pouco. - E talvez eu seja mesmo.
- Oh meu Deus! Esse tipo de coisa meche muito com o emocional de uma pessoa. Tudo ainda é recente para ele. Lhe dê um tempo e quem sabe ele reflita...
- Ele nao vai voltar! - eu digo a interrompendo bruscamente. - Eu nao vejo porque ter esperanças. Eu o conheço muito bem para saber que quando ele toma uma decisao, ele nao volta atras. - ela me da um olhar triste, de pena.
- Fique calma. - ela fala passando a mao em meu ombro. - Vai dar tudo certo. Eu tenho certeza que ele vai voltar atras. Eu o conheço desde pequeno tambem. O que voces tem um com o outro é especial. Ele sabe disso. - eu olho para ela assustada porque nunca tivemos uma conversa assim, de mae para filha como deve ser.
Sinto meus olhos marajarem, nao de tristeza por Gabriel,mas pela felicidade que mesmo de longe ele ainda consegue me proporcionar. Me sinto feliz e triste ao mesmo tempo. Me lanço bruscamente em direçao a ela para um abraço e ela nao protesta, mas me abraça firme e carinhosamente. Inspiro e quase posso esquecer de tudo se nao fosse pelo fato de isso tambem ser um pedaço dele. Fecho os meus olhos e ela passa a mao em meus cabelos.
- Eu estarei sempre aqui com voce. Sempre que precisar pode falar comigo,ok? - ela me afasta para que eu olhe em seus olhos. Me vejo como uma menina de 7 anos machucada por qualquer motivo e sua mae vindo lhe dizer que esta tudo bem em meio a lagrimas e sangue. Ela me chama e eu pisco afastando meu devaneio.
- Eu vou tentar ser melhor,mae. Nao quero mais brigar e viver nessa vida de cao e gato que temos tido. Eu prometo que vou cooperar daqui em diante. - ela toca de leve meu rosto e coloca um cacho detras da minha orelha.
- Voce ja esta sendo,querida! - ela diz me dando um sorriso tao acalentador que me sinto mais revigorada. - Vamos! Vou fazer um lanche para nós! - ela diz se levantando, e vamos em direçao a cozinha em meio a abraços e risos. Como se meu coraçao nao estivesse dilacerado.
Comemos o lanche e ela me fala um pouco sobre seu dia. Ela me trouxe um livro que comprou na livraria onde trabalha, ele se chama Soul Love - A Noite o Céu é perfeito. Prometo para ela que vou começar a lê-lo logo, ja que terei tempo de sobra sem ter com quem sair ou conversar. Eu gosto de ler e sempre que possivel eu tento comprar algum novo para mim. Eu costumava comentar todos que eu lia com Gabriel quando ainda tinhamos 12 anos (ele 13 ja que é um ano mais velho que eu). Eu  emprestava o livro para ele e depois ficavamos horas falando sobre ele. Mas depois que as brigas aqui em casa ficaram mais intensas eu acabei deixando para la. Ja tinha assunto suficiente para lidar na vida real.
Deixo-a cuidando dos serviços de casa e vou para o meu quarto. Sem ter o que fazer abro meu guarda roupa procurando por algo que eu sei que aqui eu nunca vou achar. Abro minha caixinha de joias e pego o colar que ele me deu com um pingente do infinito. A ultima vez que o usei foi quando ele ainda estava no hospital. Sento na minha cama e fico brincando com ele entre meus dedos. Eu me lembro do dia em que ele me deu ele com tal intensidade que parece estar acontecendo agora.
Estavamos no Bosque, sentados embaixo da minha arvore rindo de uma historia que ele havia me contado. Ele me encarou ainda sorrindo, me olhando com uma intensidade que nunca havia me olhado antes. Como se estivesse enxergando a minha alma. Entao,ele tirou a correntinha do bolso. Brilhava a luz do sol como quando um raio de sol brinca na face espelhada de um lago no final do dia. Ele me entregou e fiquei ruborizada com a sensaçao que aquele gesto me causava. Foi a primeira vez que eu percebi que algo se transformava dentro de mim.
- Quando eu o vi na vitrine de uma loja me lembrei de voce. Ele brilha como seus olhos a luz do dia. - ele falava aquilo de una forma muito natural, com a inocencia de seus 13 anos. - O infinito representa a nossa amizade. No meu coraçao eu sinto que ela nunca vai acabar! Uma promessa entre nós de que nada vai nos distanciar.
- É lindo,Gabriel! Simplesmente, encantador! - ele tocou o meu rosto de leve em um breve momento.
- Eu sabia que iria gostar...
A lembrança se esvai e as suas palavras se chocam contra o meu peito o deixando dolorido. Uma promessa que ele quebrou hoje e que eu acho que ele nao lembra mais que a fez. Eu, pelo contrario, nao consigo esquece-las. Me agarro a elas como a uma ultima esperança. Pedindo a Deus que toque no coraçao dele para que ele veja a verdade. Que eu nao me sinto como se estivesse carregando uma cruz quando estou com ele. Ao contrario, o peso da minha alma se vai me deixando livre. Meus pensamentos se tornam claros e limpidos como agua recem tratada. Eu preciso dele com todos os seus defeitos e com todas as suas qualidades.
Acordo pela manhã me sentindo triturada pelos pesadelos que me assobraram a noite e pela fadiga. Nao tenho vontade de ir a escola,tampouco de me levantar da cama. Me obrigo a me arrumar, a tomar o café e ir em direçao ao portao. Quando chego ate ele hesito e paro. "O que eu vou ter que encarar hoje?",penso. Me sinto como se estivesse sendo arrastada para algum tipo de condenaçao. Abro a porta e saio, indecisa em cada passo. Com medo do que terei que encarar assim que chegar no ponto de onibus.
Meu coraçao acelera assim que viro a esquina. Atravesso a avenida e pela primeira vez em anos faço esse trajeto sozinha. Assim que subo na calçada vejo Gabriel no ponto de onibus. Ele olha para a direçao contraria e entao percebo para quem ele esta olhando. Juliana esta a seu lado conversando com um dos meninos que estava com eles ontem. Tenho vontade de voltar e me esconder,mas ela me avista. Me encara por dois segundos e se volta sorrindo para Gabriel e o beija. Nao consigo suportar ter que olhar para isso. Viro meu rosto e sinto as lagrimas ameaçando a cair. Me forço a conte-las. Eles nao podem me ver fraquejar. Daria mais um motivo para que pensassem que sou uma garota altamente sentimental e que nao consegue lidar com uma situacao assim.
Repentinamente, Gabriel vira a cadeira e lança seu olhar diretamente a mim. Paro a uns bons metros deles me sentindo sem folego como se eu houvesse corrido de casa ate aqui. Seu olhar é serio e penetrante. Ele nao move os labios, mas posso ouvi-lo dizer: "Voce se lembra do que lhe disse?" Me questionando de uma maneira que so ele sabe que eu entenderia. Isso dura apenas alguns segundos ate que ele se vira de volta para eles. Engajando em uma nova conversa.
Me sinto como se estivessem arrancando uma parte de mim que nem eu mesma conhecia. Drenando toda a cor da minha 3° dimensao, do meu 3° eu. Me deixando nua e cinza. Ja ele parece esta lidando muito bem com isso tudo. Como se tivesse sido lapidado como se faz com uma pedra bruta. Vendo-o assim nao reconheço nele nada mais do que a aparencia.
Por sorte,dois onibus vem juntos em direçao ao ponto. Juliana empurra Gabriel pra o segundo que possui o elevador. Entao,entro no primeiro para nao ter que ficar olhando para eles. Sento e apoio minha testa no vidro gelado. Vejo os borroes passarem pelo lado de fora. O motorista dirige a uma velocidade absurda e desejo que o onibus vire e que eu me va entregando minha alma estraçalhada a quem ela pertence. Ums ideia plenamente egoista ja que nao estou sozinha aqui dentro. Mesmo assim nao consigo deixar de pensar que seria tranquilizador para mim. Mas a vida nem sempre conspira a nosso favor e nada acontece. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Capitulo 8

Vou para o quintal e armo a rede entre o pé de manga e o de laranja. Nao quero me deitar,mas me balançar como eu fazia quando era criança. Quando minha mãe me empurrava cada vez mais alto pedindo para qie ela balança-se com mais força, ate que eu criava coragem e saltava em pleno ar caindo de pé no chão. Quando eu buscava adrenalina para fugir dos meus pensamentos. Um dos poucos momentos calmos e alegres que eu tinha. E hoje eu tambem quero fugir dos meus pensamentos.
Aproveito que minha mae foi trabalhar e estou sozinha. Teria vergonha de que ela me visse assim, nessa idade ainda me deixando levar pelos desejos infantis de outrora. Mas , só quando estou sozinha é que me sinto eu mesma. Como se eu me deixasse sair da gaiola. Me sento e me impulsiono. Sinto o vento no meu rosto e um frio na barriga tal qual quando eu era pequena. Aquele sentimento que é repulsa e atraçao. Quando chego a uma altura boa me lanço da rede. Sao poucos segundos ate tocar o chao,mas sinto como se pudesse realmente voar. Caio agachada e de uma maneira suave. Passo a mao pela grama e me deito encarando a folhagem acima. Alguns resquicios de luz fazem seu caminho ate mim. Fecho meus olhos e inspiro fortemente. Lembro de Gabriel inevitavelmente. De quando eramos apenas duas crianças inocentes brincando de pique na rua em frente a minha casa. Rindo e correndo um atras do outro como se nao houvesse o amanha. Me pergunto onde foram parar essas crianças. Apesar de saber que a minha ainda esta viva aqui dentro e de vez enquando resolve comandar meus sentimentos tomando o lugar da razao.
Eu abro meus olhos e vejo uma folha se desprender de um galho e cair aos meus pés. Penso que quando a vida se vai voce acaba assim tambem. Murchando e secando. Ate que toda ela te deixa e voce cai. Nao sabemos para onde vamos,mas nos encontramos todos em um lugar como essa folha se encontra agora no chao.
Gostaria que Gabriel estivesse aqui. Ele,assim como eu, gosta de ver a vida se desdobrar diante de seus olhos e de analisar os fatos. Quem sabe ele poderia me contar uma historia sobre para onde vamos. Apesar de eu saber para onde. O nosso folego de vida veio dEle e é para Ele que voltamos. Como se Ele aspirasse a nossa vida e a guardasse no mais recondito do seu ser. Viramos um catalogo de nós mesmos.  Minha mae costumava me falar sobre isso quando eu era menor e nao esqueço dessas palavras agora e nunca esquecerei.
Meu celular vibra e me assusto me pondo sentanda. Um torpedo de Gabriel. Fico olhando para a tela por alguns segundos tentando decidir se quero ou nao deixa-lo para tras. Se eu poderia me desprender dele. Mas a resposta é a mesma desde que o conheci e clico em visualizar a mensagem.
" Laura, eu espero que voce tenha encontrado a carta que lhe deixei naquele lugar. Se nao a encontrou, por favor va ate la e a encontre. Se a achou, entao eu espero que esteja tudo bem."
Eu deixo que o celular caia sobre a grama e me encolho tomando minhas pernas entre meus braços. Pensei que ele iria voltar atras. Que a razao o encontraria, mas ele quer apenas se certificar de que eu entendi sua mensagem. Para que amanha eu nao lhe cause problemas. Para que eu nunca mais fale com ele. Decido nao responder a mensagem. Se for para se desligar dele o farei agora. Porem nao é o que o meu coraçao deseja.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Final do Capitulo 7

"Não,não pode ser!",penso. Deslizo pelo tronco da arvore e sento no chao. Olho para a carta novamente e me sinto furiosa. Ele nao pode ter feito isso comigo! Definitivamente,ele nao poderia. Rasgo-a rapidamente e imagino que estou partindo Juliana em mil pedaços irreparaveis. So pode ter sido ela que fez a cabeça de Gabriel. No minimo,ele teria falado comigo cara a cara,mas ela nao deve ter deixado porque sabia que ele nao teria coragem de me deixar. Eu ainda estou ressentida com ele por ter preferido a companhia deles a minha,mas eu nao pensei que ele seria tao drastico.
Dessa vez,eu nao derramo nenhuma lagrima. Nao vale apena quando eu sei que o coraçao dele jamais sera dela,mesmo que agora o corpo dele seja. Ainda assim,sinto um aperto imenso no peito. Como ele teve coragem de beija-la depois de tudo que ele me disse? Porque ele nao ficou sozinho? Isso sao perguntas que so ele poderia me responder. A melhor pergunta que eu devo me fazer é como eu farei para trazê-lo de volta para mim. Talvez nosso relacionamento chegasse a se desgastar algum dia por conta das nossas proprias inquietacoes,mas tenho certeza que se ela nao tivesse se intrometido nele nos ainda estariamos juntos.
Eu nao sou fragil como eles imaginam. So eu posso suportar os meus problemas e os dele. Juliana nunca sera para ele como eu seria. Ninguem na verdade seria, porque so eu o conheço de verdade.
Me levanto e percorro o pequeno trecho da trilha imaginando como vou me sentir vendo eles juntos na escola. Sempre juntos aonde quer que eu os veja. Eu sei disso,porque Juliana é do tipo de garota que gosta de esfregar a sua vitoria na cara do perdedor em qualquer oportunidade que tiver.
Em pensar que ele nao ira mais a minha casa e nem eu tampouco a dele. Agora sinto falta so de pensar que nem isso poderei mais. Com quem dividirei minhas afliçoes e meus medos? So ele os compreendia tao bem quanto eu.
Prometo a mim mesma nao voltar a esse bosque enquanto ele nao estiver junto comigo novamente. Se um dia ele voltar. Esse lugar é um segredo que so pertence a nós. Pelo menos,ele nao teve a ousadia de leva-la ate la. Mesmo que ela tenha vindo sei que foi ele que nao a deixou o acompanhar ate la.
Quando chego em casa, minha mae nao pergunta onde eu estive. Ela apenas sorri confortavelmente para mim. Talvez ela pense que estive com Gabriel,mas nao irei dizer a ela que ela esta enganada. Nao quero me abater por isso. So daria mais um troféu a Juliana.
Pego o caderno de Bianca e copio boa parte dos assuntos que perdi. Ainda bem que ela se ofereceu para me impresta-lo ou eu nao saberia a quem recorrer. Eu gostaria de poder falar com ela sobre isso,mas sinto que nossa amizade ainda é instavel demais. Eu nao posso simplesmente despejar minha vida para ela esperando que ela compreenda tudo. Apesar de eu achar que assim que ela ver Gabriel e Juliana juntos vai vir correndo me perguntar o que aconteceu.
Nao gosto de pessoas curiosas,mas ela sabe como fazer uma pergunta sem ser totalmente indiscreta. E eu tambem nao estou na posicao de me negar uma amizade que seja. Precisarei de alguem para me aconselhar e ajudar para conseguir dar a Juliana o que ela merece. Cedo ou tarde, eu terei minha vingança.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Mais do Capitulo 7

Se eu pudesse nao iria para casa agora,mas minha mae chegou hoje. Deve estar querendo saber de tudo que aconteceu por aqui,como Gabriel esta. "Ele esta bem. Muito bem sem mim.",penso. Eu que estive ao lado dele no momento mais dificil da vida dele. Que quase enlouqueci pensando no seu estado todas as noites. Eu que nunca pensei em levar nenhum garoto para meu quarto. Eu que quase me entreguei a ele.
A vida te cerca de ilusoes. A vida nao,as pessoas. Elas te fazem acreditar que tudo pode ser melhor e que voce pode ser melhor tambem. Que voce deve se abrir para elas,mostrar o mais recondito do seu ser. Ate que quando elas se saciam vao embora sem olhar para tras. Eu sei que talvez eu esteja fazendo um furacao em um copo d'agua,mas sentimentos feridos sao a pior coisa para voce conseguir lidar sozinho. Para pessoas como eu que nao se associam a qualquer um, ate um chuvisco pode ser o bastante para gerar um caos. O que Gabriel fez é esse chuvisco.
Ele me pediu em namoro. Eu nunca tinha parado para pensar nos meus sentimentos. Ele os nutriu e agora os jogou fora. Cada distanciamento se acumula. Um dia a barreira pode ficar intrasponivel. Eu espero que nao seja tarde mais para nós.
Quando chego em casa minha mae esta na sala me esperando.
- Oi,Laura! - ela nao se levanta do sofa para me abraçar e ela nao sabe o quanto agradeço por isso.
- Oi,mae. Como foi na casa da Tia Diana? - digo me sentando.
- Agora ela esta bem! Estava suspeitando de dengue,mas era apenas uma gripe! - ela diz rindo.
- Como foram esses dias aqui sem mim? - acho estranho está conversando assim com ela,mas estranho de uma forma boa. Devo isso a Gabriel e nao gosto de me lembrar disso.
- Laura? - ela fala e balanço a cabeça tentando expulsar os pensamentos.
- Foi tudo bem. - nao queria mentir,mas tambem nao quero falar sobre ele.
- Esta tudo bem com Gabriel?
- Sim. Hoje ele foi a escola. - falo me levantando para encerrar a conversa. - Eu vou me trocar e comer alguma coisa! Com licença.
- Eu fiz lasanha para o almoço! - ao ouvir o nome da minha comida favorita tenho vontade de abraça-la,mas me contenho. So isso para me animar.
- Que bom que a senhora voltou! - sorrio para ela e vejo que ela ficou contente em ouvir isso.
Nao consigo sentir vontade de comer,mas coloco um pouco da lasanha para dentro. Me jogo na cama e pego meu celular para ouvir uma musica, Never Say Never do The Fray. Ela traduz bem o que estou sentindo agora. As lagrimas invadem meu rosto e fico em uma posiçao fetal. Eu queria que fosse tudo diferente. Que o passado pudesse voltar. Eu tinha um pouco mais de felicidade do que agora. Eu nao queria ter brigado com Gabriel,mas ele esta tao distante agora. E eu nao sei se posso suportar por que ele esta distante em todos os sentidos.
Me levanto e vou tomar um banho. Saio sem falar com mamae,sem nem ao menos deixar um bilhete. Espero que ela entenda que não estou bem. E eu sei que ela esperaria que eu fizesse isso de qualquer maneira.
Quando desço do onibus vou em direçao a trilha. Paro assim que coloco meus pés nela. Olho para as folhas acumuladas no chão e me sinto como uma delas. Me desprendi da minha propria vida e estou murchando. "Por que você foge sempre que algo sai do seu controle.",a voz de Gabriel rebervera pela minha mente. Ecoando pelo meu intimo como se eu tivesse duas almas se debatendo dentro de mim. Me concentro no barulho dos meus pés ao tocarem o chao para afugentar os pensamentos. Mas quando ergo a cabeça vejo Gabriel de costas passando a mão em minha arvore. Ele passa o abraço sobre o rosto e tenho a impressao que ele estava chorando.
Me escondo atras de uma arvore quando vejo que ele vai se virar. Ele vem na minha direçao seguindo a trilha,mas ele nao me vê. Seu rosto esta vermelho,seus olhos no mesmo tom e ele esta serio. Com uma expressao determinada. Vejo sua silhueta sumir apos a trilha. Saio de detras da arvore me sentindo um pouca perplexa. "O que ele veio fazer aqui? Como ele veio ate aqui sozinho?",penso. Em um impeto de curiosidade sigo atras dele. Quando chego no final da trilha me escondo atras de alguns arbustos e vejo Gabriel no ponto de onibus,mas ele nao esta sozinho. Juliana se abaixa e o beija na boca.
Viro meu rosto para nao continuar vendo a cena que se segue. Corro por entre folhas,arvores,minha visao borrando com as lagrimas. Tropeço e caio de cara no chao,mas a dor nao consegue ser maior do que a que sinto no meu peito. Me viro,mas nao me levanto. Uma confusao de membros,folhas e terra. Deixo meu rosto cair de lado e se o fantasma da morte aparecesse agora eu o abraçaria. Choro ate nao conseguir mais respirar.
Me ergo me sentindo vacilante. Vou em direcao a arvore buscando por apoio. Passo minha mao pelo mesmo caminho que a de Gabriel fez. Quando abaixo minha cabeça um pouco vejo um papel em uma loca no tronco. O pego e ele esta dobrado. Quando o abro vejo as letras inconfundiveis de Gabriel.
"Laura,
Eu sinto muito por as coisas terem que ser assim,mas nao podemos mais ficar juntos. Você tem seus proprios problemas para resolver e nao quero te forçar a ter que carregar os meus tambem. Isso seria pedir demais para qualquer um,ainda mais para voce que é tao fragil. Eu nao posso corresponder nenhum dos seus sonhos e vontades. Eu nao posso fazer nada nem por mim mesmo... Isso nao quer dizer que eu ainda nao goste de voce, por que eu ainda te amo como nunca irei amar ninguem e é por isso que tomei essa decisao. Por voce,por nós! Espero que me entenda.
Gabriel"

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Continuaçao do Capitulo 7

Mal posso esperar para ver o rosto de todos amanha na escola. Já posso ver os dedos apontados em nossa direçao e os murmuros entre dentes. Eles ja sabem do acidente,mas devem estar esperando por nós ansiosamente ja que na nossa escola nao é comum alunos voltarem para lá cadeirantes. Pior ainda com uma namorada a seu lado.
Acordo muito antes da hora de ir para escola. A ansiedade,na sua forma mais maléfica,me aterrorizou durante a noite em meus sonhos e nos meus pensamentos. Imagino o que Gabriel estara sentindo. Se a ansiedade dele esta pior que a minha.
Tomo um café reforçado e deixo um bilhete para mamae que deve chegar quando eu estiver fora.
"Fui para a escola hoje com Gabriel. Nosso primeiro dia juntos de volta a  nossa habitual vida insossa. Espero que esteja tudo bem."
Logo que acabo de colocar o bilhete embaixo de um vaso na mesa de centro da sala,ouço batidas no portao e vou abrir. Me deparo com a mae de Gabriel e ele.
- Bom dia! - dona Julia fala com um ar um pouco descotente.
- Bom dia! - respondo tentando ser educada. Olho para Gabriel que esta sorrindo,nem um pouco abalado com a volta as aulas.
- Oi,Laura! - ele me da seu sorriso mais radiante que eu acho um pouco deslocado dada a situaçao.
- Laura,fique de olho nesse menino e nao deixe ele entrar em encrencas. Quero que ele volte inteiro,ok? - ela levanta a sombrancelha de forma inquisitiva.
- Pode deixar comigo! -  falo de maneira convincente. Ela me da um sorriso e beija a testa de Gabriel.
- Seja um bom menino! - ela diz se distanciando.
- Pensei que ela nao iria embora! - diz Gabriel rolando os olhos. - Hoje eu dou meu primeiro "passo" para volta a liberdade! - ele fala passo fazendo um ainal de aspas com as maos.
- Espero que voce seja bem sucedido. Mas vamos agora?
- É para ja! - ele diz ja empurrando a cadeira descendo a rampa. Seguro o braço da cadeira quando ele engancha uma das rodas na passagem do esgoto que reparte a parte de baixo da rampa.
- Ei,eu prometi para sua mae que voce voltaria inteiro,esqueceu? - digo ralhando com ele. Por pouco e ele teria caido no chao.
- Ta bom! Eu so queria fazer isso sozinho. Nunca posso fazer nada por mim mesmo.
- Para coisas assim voce ainda precisa de ajuda,Gabriel. E eu estou aqui para isso. Deixe que eu te ajude a descer e voce podera correr por aí independente! - ele me lança um olhar triste assim que percebe o que disse. Tenho que prestar atençao no que falo agora. - Desculpa! Oh ceus,voce me entendeu! - ele nao fala nada e o ajudo a descer. Ele empurra sua cadeira de rodas vigorosamente e fica um pouco a minha frente. Suspiro imaginando se isso é apenas a ponta de todo o problema.
Quando estamos chegando no ponto de onibus avisto Juliana acenando para Gabriel. E eu que pensava que ela se afastaria dele quando o visse assim. Um pensamento egoista da minha parte,mas eu realmente gostaria que ele se concretizasse. Garotas como ela sempre deixam garotos como ele para tras quando veem que eles ja nao podem chamar atencao como antes. Mas ela parece fazer isso apenas para me irritar.
- Olá,Gabriel! - ela fala correndo e se atirando nos braços dele. Ela olha para mim com sua cara de nojo que eu penso que ela guarda para usar apenas comigo.- Oi,Laura!
- Oi,Juliana! - eu digo rispidamente. Eu nao preciso fingir que gosto dela. Ela se ajoelha de frente para Gabriel.
- Eu estava sentindo muito a sua falta todos esses dias! Voce esta se sentindo bem? - ela fala passando a nao no rosto dele. Ela sentiu tanta falta dele que nem uma visita ela fez a ele no hospital.
- Eu tambem senti sua falta,Juliana. Estou relativamente bem. A Laura tem sido como um anjo para mim esses dias. - ele fala pegando em minha mao. Tenho vontade de atira-la para longe,mas resolvo aceita-la.
- É o que parece. Voces estao namorando? - ela fala me olhando dos pes a cabeça como se ele so me quisesse por que eu sou digna de pena.
- Sim! Tem sido dias melhores para mim desde entao! - ele fala levantando o rosto para mim e aperta minha mao carinhosamente.
- Voce que tem me feito melhor,Gabriel. Eu apenas tenho tentado ser boa para você tambem. - falo esquecendo um pouco que Juliana esta aqui. Ate que ela pigarreia para chamar nossa atençao.
- Gabriel,nao vejo a hora que cheguemos na escola! Voce tera uma surpresa! - ela diz piscando para ele. - Posso te levar hoje? Imagino que a Laura esteja cansada. Ela esta me parecendo tao abatida! - ela fala com um rosto de falsa preocupacao. Ela quer me descartar.
- Juliana! Estou muito bem. Nao precisa se incomodar! Eu levo meu namorado. - tento ser enfatica ao dizer meu.
- Nao precisam brigar,meninas! Laura, deixe a Juliana me levar hoje? Faz tempo que nos vimos. Nao vejo mau nenhum em te dar um descanso e sei que voce vai entender. Ela é minha amiga. Pode pegar o primeiro onibus e ir na frente se quiser. - ele diz normalmente e nao consigo esconder minha expressao de chocada.
- Mas,eu prometi a sua mae... E se acontecer alguma coisa?
- Eu nao sou nenhuma lesada,Laura! Vai ficar tudo bem! - ela fala ja empurrando Gabriel para um onibus que acabou de parar e eu nem havia percebido. Ele nem ao menos olha para tras e ja estao engajados em uma conversa. E aqui estou eu sozinha novamente.
Vejo Juliana ajudando Gabriel a subir no elevador junto com o cobrador e ele sorri para ela. "Como essas coisas acontecem assim de uma hora para outra?",penso. Eu poderia ter os seguido,mas resolvo esperar pelo proximo onibus. Sento no banco e nao ha mais ninguem no ponto. Apoio minha cabeça em minhas maos olhando para o chao. Eu vou ter que suportar todos se intrometendo na nossa vida. Agora ele vai ter mais atençao do que eu gostaria de ver e como eu nao sou uma pessoa sociavel isso parece algo assustador para mim. Eu gostaria que fosse apenas eu e ele,mas isso é pedir muito para qualquer um. Seria melhor para nos se eu o deixasse. Me sinto como um peso que ele tem que carregar alem de seu proprio problema.
Quando chego na escola ja perdi a primeira aula. Nao ha ninguem nos corredores. Quando entro na sala de aula todos olham para mim meio assustados. Faz quase uma semana que eu nao vinha mais. Nao sei se eles sabem o por que.
- Com licença. - falo baixo demais e tenho que repetir. A professora de historia acena para que eu va ate ela.
- Depois que a aula acabar quero falar com voce.
- Tudo bem. - digo indo para a minha cadeira no final do fila,no canto da sala. Todos me olham como se eu fosse uma alienigena recem chegada.
- Oi,Laura! - uma garota chamada Bianca que sempre senta ao meu lado fala comigo. Ela nunca havia me dirigido a palavra o ano inteiro.
- Oi,Bianca! - eu falo um pouco envergonhada demais.
- Por que voce faltou todos esses dias? Voce perdeu bastante assunto. Se quiser te empresto meu caderno. - ela fala como se fossemos amigas e acabo me sentindo a vontade.
- Claro! Eu faltei esses dias por que  o meu ami... - quase falo a palavra amigo. Força do habito. - ... meu namorado sofreu um acidente e eu quis ficar ao lado dele.
- O Gabriel do 2° ano? - ela fala arregalando um pouco os olhos.
- Voce conhece ele? - assim que acabo de dizer a professora aponta para nós reclamando do barulho. Acabo rindo com Bianca. Nunca reclamaram comigo por conversar em aula nenhuma. Parece um bom começo de amizade para mim. Quando a aula acaba, vou ate a professora.
- Laura,qual o motivo de voce ter faltado todos esses dias? - ela fala enquanto recolhe seu material.
- Meu namorado sofreu um acidente e eu nao consegui sair do lado dele.
- O Gabriel? - parece que todo mundo ja ficou sabendo do acidente dele mesmo.
- Sim,ele mesmo.
- Oh querida! - ela fala me sufocando em um abraço apertado demais. - Sinto tanto por voces. Eu nao sabia que voces eram namorados! - ela diz me soltando. Meus pulmoes reclamam por ar.
- Foi no dia do acidente.
- Que trágico! Desejo o melhor para ele. Quem sabe ele nao volte a andar? Deus faz grandes milagres,sabia!
- Sei... - falo nao acreditando muito em suas palavras.
- Pegue os assuntos que voce perdeu com algum colega para nao se dar mau nas provas! Boa sorte! - ela diz e me da um beijo na testa e se vai.
Volto para meu lugar. Nao ha ninguem na sala. Foram para fora enquanto o proximo professor nao vem. Eu prefiro ficar aqui. Nao quero ter que ver Gabriel com Juliana e seus amigos. Fecho os olhos tentando nao pensar em nada. Mas alguem chama meu nome.
- Ei,Laura! - abro os olhos e vejo Bianca.
- Oi! - digo e ela sorri para mim.
- Estou atrapalhando?
- Nao,que é isso.
- Respondendo a pergunta que voce havia me feito, sim eu conheço Gabriel,mas nunca falei com ele nem nada. As noticias correm rapido por aqui. Assim que ele sofreu o acidente a escola foi comunicada e sairam espalhando. - ela me da um olhar triste antes de continuar. - Ele vai ficar paraplegico para sempre?
- Acho que sim. So se um milagre acontecer para que ele volte a andar. O medico me disse... - nao gosto de falar sobre isso,mas ela me parece realmente triste por ele,entao acabo falando.
- Eu nao sabia que voces namoravam.
- No dia do acidente ele me pediu em namoro. - ela me olha com um rosto que muda de tristeza para pena, e pega minha mao.
- Sinto muito! Eu nao sei como eu estaria em seu lugar. Voce nao pensou em... - ela para meio constrangida.
- Em larga-lo? - continuo por ela. - As vezes,eu tive vontade. Estou com vontade agora. Mas nao so por que ele esta assim,mas porque eu acho que eu deveria poupa-lo de mim mesma. Voce nao entenderia se eu falasse...
- Oh,claro. Se voce nao se sente a vontade para se abrir comigo eu entendo. - ela solta a minha mao gentilmente e se levanta. - So uma coisa,por que voce nao esta la fora com ele? - ela é bem curiosa.
- Nao estou muito afim. - falo tentando nao paracer
muito evasiva. - Por que o professor ainda nao veio?
- Ele faltou. Esse horario estamos livres. - ela diz contente como qualquer aluno normal ficaria. Eu,pelo contrario,nao fico. Um horario de tedio e pensamentos soltos.  -Nao quer ir mesmo la para fora?
- Nao. Pode ir. - ela se vira e vai.
Eu me sinto chateada por ter que dividir Gabriel com tantas pessoas. Antes de eu aceitar namorar com ele nossa amizade era diferente. Ele nao saia do meu lado a nao ser na hora das aulas e tambem nao me dispensava para ficar com outra. Mas eu sinto que tenho que entender o lado dele. Agora que ele esta assim,precisa mais do que nunca de afeto e carinho para esquecer seu problema. Talvez eu tenha que conversar com ele e dizer o que estou sentindo. Quem sabe ele me entenda.
As aulas passam e eu mal as noto. Bianca de vez enquando puxa uma conversa,mas nao me sinto com humor para isso. Ela me da seu caderno para eu levar para casa e anotar as liçoes.
Na saida,vejo Gabriel cercado de amigos. Dois garotos fortes e altos,Juliana e uma menina. Ela esta empurrando sua cadeira de rodas enquanto falam e riem alegremente. Caminho devagar na tentativa de nao ser observada,mas falho. Gabriel vira o rosto para tras e nossos olhares se cruzam. Ele acena e chama meu nome. Agora é tarde demais. Suspiro me preparando para uma daquelas situaçoes em que sou deixada de lado.
- Oi,Gabriel! - seus amigos olham para mim do mesmo modo que Juliana, com pena. So nao acho que seja de mim.
- Oi,Laura! Senti sua falta. Onde estava na hora do intervalo? - ele fala.
- Na minha sala. - nao quero falar mais nada na frente deles. - Sera que eu posso ter um minuto a sós com voce? - Juliana solta a cadeira virando o rosto de lado e Gabriel se afasta deles comigo.
- Eu nao sei o que voce vê de interessante nesses seus amigos. - eu digo.
- Eles sao melhores do que voce pensa. Voce fala isso porque nao os conhece.  - ele diz sendo um pouco rispido. - Mudando de assunto,voce nao acredita a surpresa que fizeram para mim na minha turma! Tinha bolo,baloes e ate uma faixa para mim! A Juliana que organizou tudo. - ele fala o nome dela muito amavel para meu gosto.
- Nao sei como voce teve tempo para sentir minha falta com todos eles em cima de voce! - falo deixando transparecer minha raiva.
- Por que voce esta falando desse jeito? Eles foram muito legais comigo. Sempre foram.
- Com voce,Gabriel! E agora parece que voce so pensa em si mesmo! O mundo nao esta girando ao seu redor nao viu! - sinto meu rosto esquentar com a raiva acumulada. - Sera que voce nao vê os olhares que eles me dao? Como se eu nao fosse boa o bastante para voce? Eles sao uns idiotas se pensam que todos deveriam ser como eles!
- Laura,voce esta falando de coisas que nao sabe! Pelo contrario,eles falam muito bem de voce. Principalmente a Juliana!
- Ela é a pior deles. Ela exala falsidade pelos poros ao inves de suor. Olha,se voce nao consegue enxergar que eles so querem nos separar,voce se transformou em um deles tambem! - falo jogando as palavras em seu rosto.
- Eu nao vou conversar com voce de cabeça quente ou voce pode acabar tomando uma decisao precipitada. Depois nós falamos sobre isso. - ele fala se afastando,mas para e vira para me encarar. - Ah,e nao sou eu que penso que o mundo gira ao meu redor. Nao sou eu que estou querendo isso. - ele se vira e vai para onde seus amigos. Juliana sorri para mim triunfante. Por enquanto,ela conseguiu o que queria.

sábado, 21 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Capitulo 7

Quando chegamos a minha casa o ajudo a subir a rampa e o coloco para dentro. Minha casa não é adaptada. Entao ele tem um pouco de dificuldade em passar de uma area mais baixa para uma mais alta e eu o ajudo. Ele vai ao meu lado em direçao ao meu quarto e ele me da um olhar feliz. Sinceramente feliz.
Ele entra devagar olhando para tudo,como se quisesse se lembrar de cada minimo detalhe, ate que para de frente para a parede onde estao meus rabiscos de uma era pré-historica para mim. Ele se aproxima mais e quando vê nossos nomes,ergue o braço e passa os dedos sobre eles de uma forma carinhosa.
- Que lindo,Laura! Nao sei como sua mae deixava voce rabiscar as paredes da casa. - ele ri com um olhar brincalhao.
- Ela nao deixava. Mas eu sempre fazia escondido. Depois de umas brigas, eu fiz estes apenas aqui no meu quarto. Aqui a voz dela nao tem alcance para mim.
- Você colocou nossos nomes aqui por que razao,ja que voce diz que nao sabia gostar de mim? - ele olha para mim e depois se volta para os desenhos.
- Eu nao sei. Me parece agora uma coisa inconsciente. Como se eu apenas deixasse os sentimentos irem sem pensar neles. Fluiu. - dou de ombros e ele vem em minha direcao e sento na cama para ficar no mesmo nivel que ele.
- O que sua mae pensaria de nos ver aqui assim sozinhos? Voce me mostrando esses rabiscos em um gesto altamente romantico? - ele levanta uma das sombrancelhas em um gesto muito sedutor.
- Eu nem quero saber! - puxo sua cadeira de rodas para mais perto. Uma mao em seu rosto e outra no braço da cadeira para me dar apoio. Ele coloca suas maos em minha cintura e nos beijamos livres de qualquer pensamento. Nossos labios viajam nao mais apenas em busca apenas um do outro, mas ,incontrolavelmente, se tornam selvagens em busca de novas sensaçoes. Ele me puxa e ainda com nossas bocas unidas,pede para que eu me sente em seu colo. Eu o faço sem pensar o que essa situacao pareceria aos olhos de outra pessoa. Ele me segura firme e nossos olhos se encontram,ardentes de desejo. Deixo meus labios se moverem por seu pescoço e ele solta alguns gemidos enquanto suas maos deslizam por minhas costas. Quando ele tenta subir minha blusa tenho um choque de realidade e saio de seus braços,sentando novamente na cama. Ainda sem folego,digo:
- Nao,Gabriel. Eu nao posso... - nao tenho coragem de olhar para ele.
- Eu te entendo. Como voce se sentiria a vontade de pensar nisso comigo assim? - levanto meu rosto e vejo-o se afastar de mim. Seguro firmemente no braço da cadeira.
- Nao é isso! É só que eu... - sinto um travamento em minha garganta e as palavras nao querem sair. - ... eu nao estou preparada para isso. Nao é por voce estar assim. Eu me sentiria assim com qualquer pessoa,entende? - me ajoelho ao seu lado me sentindo muito mal por te-lo chateado.
- Esta bem,Laura. Eu entendo. Eu so nao consigo parar de pensar em como eu posso ser alguma coisa para voce assim. - ele fala com a voz embargada.
- Nao se martirize! Voce é muito mais do que pensa. É muito importante para mim! - o abraço e falo em seu ouvido. - Nunca pense que voce é tao pouco para mim, por que voce nao é!
Acaricio seu rosto e sua expressao vai se acalmando aos poucos. Ele pega um dos meus cachos e o enrola como de costume. Me levanto e o puxo para perto da cama novamente e me sento.
- Eu me sinto realmente cansada. - ele afaga meu braço de leve.
- Por que nao se deita? Eu adoraria ficar aqui vendo voce dormir. - ele sorri gentilmente para mim o que me faz me sentir ainda mais sonolenta.
- Acho que vou aceitar sua ideia.
Me deito na cama virada em direçao a Gabriel, para poder ficar olhando para ele. Ele ajeita a cadeira e passa a mao em meus cabelos. Fecho os olhos vendo-o sorrir levemente para mim e me sinto embalada e confortavel como nao me sentia a tempos. Durmo e tenho um sonho. Estou em uma praia ao entardecer,caminhando sozinha. A uma floresta fechada logo atrás. Eu nao sinto medo ou qualquer outra coisa. E a melhor coisa que há é nao sentir nada. Como se voce estivesse completa e nao precisasse demais nada. Eu me sento na areia com a espuma das ondas batendo em meus pés. Indo e voltando. Eu sinto como se todos os problemas estivessem sendo retirados de mim. Eu sorrio e olho o sol indo em direcao a linha do infinito. "Eu gostaria de ficar assim para sempre!",penso. Ate que percebo algo boiando na agua. As ondas o jogam aos meus pés. Uma garrafa com algo dentro. Tiro a rolha e um papel enrolado cai. Abro e vejo uma foto minha e de Gabriel na sua cadeira de rodas. Estamos de costas em um lugar que nao reconheço,mas que parece uma praça. Na foto,estou meio abaixada apontando algo para que ele veja. Sigo com o olhar para onde meu dedo aponta e vejo ao longe,meio desfocada,a silhueta de uma criança.
Deixo a foto cair na areia e as ondas a fisgam e a levam antes que eu a pegue. "Uma fotografia do meu futuro?",pergunto alto o bastante para que alguem possa ouvir mesmo sabendo que ninguem me respondera e acordo. A primeira coisa que vejo é Gabriel ao meu lado imovel na cadeira. Esta dormindo tao calmamente que parece ate estar sorrindo. Os cabelos caidos sobre a testa meio suada. Tao lindo e tao meu. Levanto e passo a mao em seus cabelos. Ele acorda e olha para mim contente. Pega a minha mao e me puxa para um abraço. Respiro sentindo o seu cheiro,uma fragancia so sua. O solto me espreguiçando e digo:
- Que tal um lanche antes de eu ir te deixar em casa? - ele sorri.
- Claro! Quero provar dos seus dons culinarios!
Vou em direçao a cozinha e ele vai empurrando a cadeira de rodas para perto da mesa. Decido fazer dois sanduiches simples com queijo,presunto e tomate e suco de laranja. Ele nao tira seu olhar de mim como se nao quisesse perder nenhum detalhe do que estou fazendo.
- O que foi? - eu pergunto levantando uma sombrancelha para ele enquanto recheio o pão.
- Nada. É so que voce nao tem ideia do quanto fica linda cozinhando! - ele diz sorrindo para mim.
- Que bom que acha isso. Mas... vamos comer por que eu ja acabei! - falo erguendo a bandeja com os sanduiches e sucos levando para a mesa. Sento ao lado dele e olhando assim para ele nem parece que ele sofreu um acidente.
- Humm! Estao muito bons,Laura! - ele fala parecendo muito satisfeito.
- Nao fale de boca cheia! - falo meio brincando.
- Voce sempre se esquivando. Ate de elogios.
- É a minha natureza. O que posso fazer? E coma logo que sua mae deve estar para ter um colapso nervoso sem noticias suas,e prometi te levar antes de anoitecer.
- Falando assim,parece que voce quer se ver livre de mim... - ele diz me encarando com um olhar triste.
- Voce tem uma mania de achar que eu nao quero sua companhia! - falo pegando em sua mao. - Nada me faria mais feliz se voce pudesse ficar aqui sempre! - dou um beijo em seu rosto e volto a comer. - E,Gabriel... Eu nao sei se irei ficar indo muito na sua casa. - ele me olha meio chocado.
- Depois voce diz que quer minha companhia... - ele fala deixando o sanduiche cair no prato.
- Nao é isso! É so que eu nao me sentiria a vontade com seus pais nos cercando e mimando voce o tempo todo. Eu nao gosto de ter muita atencao,voce sabe!
- E como vamos nos ver?
- Eu ainda vou la,mas nao sempre e tem a escola tambem,esqueceu? - ele olha fixamente para seu prato antes de falar.
- Eu nao sei se minha mae me deixara ir a escola agora. Ela tem receio que eu me machuque, tipo  caindo por la. Como se eu nao pudesse me cuidar...
- Eu vou conversar com ela! Eu estarei la e tem seus amigos tambem. Ela vai mudar de ideia! - ele me olha carinhosamente e acaricia meu rosto.
- Obrigada,Lau!
- Pelo que? - digo meio sem entender.
- Quantos paraliticos voce vê com uma namorada?
- Nunca vi um...
- Eu tenho muita sorte! - ele fala me puxando para um beijo.
No caminho,de volta para casa nao consigo deixar de olha-lo. O vento bate em seus cabelos e ele erradia vida. Ele tem muita força de vontade. Eu nao estaria assim se estivesse no lugar dele. Eu estaria em depressao com certeza. Afogada em uma poça de lagrimas. Ele olha para mim de vez enquando,rimos e ele parece estar se sentindo livre.
- Parece que voce fez isso a vida toda,Gabriel! - digo sorrindo para ele.
- Voce acha? Ainda nao me sinto confortavel com ela. Me movimentei nela algumas vezes no hospital para praticar e o medico disse a mesma coisa que voce! - ele olha para a cadeira e para si mesmo com um pouco de orgulho.
- As vezes, nem parece que voce esta assim. Eu falo nao fisicamente,mas do ponto de vista emocional. Voce esta lidando muito bem com isso. Se fosse eu,voce imagina como eu ficaria.
- Voce se substima demais. Voce é mais forte do que eu,Laura!
- Nao sei de onde voce tirou isso. Voce mesmo diz que eu fujo de qualquer coisa.
- Mas voce sempre volta para enfrentar seus problemas. Sempre. - eu nao falo nada,por que nao quero contraria-lo.
- Laura,eu nao estou tao bem quanto aparento. Eu me sinto revoltado com essa situacao mais do que voce imagina.  So que eu sei que nao adianta resmungar, eu vou continuar assim independente de tudo. Por isso,eu quero me adaptar. - eu seguro o braço da cadeira de rodas o parando.
- Eu que tenho sorte de ter um namorado. Ainda mais um como voce. As vezes, eu acho que nao vou dar conta da situacao,mas voce sempre me coloca para cima. E essa é a unica razao de eu ser forte. É por ter voce ao meu lado. - digo para ele sinceramente e ele me olha como se estivesse analisando o que eu digo e sorri.
Quando chegamos a sua casa ja esta noite e dona Julia esta no portao nos esperando. "Que bom!",penso. Assim vou poder conversar com ela sobre o Gabriel ir a escola.
- Boa noite,dona Julia! - falo enquanto ajudo Gabriel a subir a rampa.
- Pensei que ia ter que busca-lo! - ela diz abrindo o portao para que ele entre. - Nao vai entrar,Laura?
- Nao. Eu so quero conversar uma coisa com a senhora antes de ir. - falo e me abaixo para dar um beijo em Gabriel.
- Mais tarde te mando uma mensagem. Tudo bem? - pergunto a ele.
- Tudo bem. Ate mais,Laura! - ele fala olhando para mim e sua mae antes de entrar.
- Pode falar,Laura! - dona Julia fala meio impaciente.
- O Gabriel me disse que a senhora nao quer deixa-lo ir a escola. Isso nao tem logica. Ele tem que estudar,dona Julia. - falo suavemente. Nao quero que ela pense que quero mandar na vida do seu filho.
- Pois eu vejo logica nisso sim. Ele voltou do hospital hoje. Ainda esta se recuperando. Ele pode se machucar por la! - ela fala decididamente.
- Mas ele nao foi a minha casa? E ele tem a mim,seus amigos e professores na escola. Nada vai acontecer a ele. Voce pode ficar tranquila.
- Eu nao sei. E se ele cair? Pode piorar a situaçao dele!
- Ele tem que viver,dona Julia! Voce nao pode protege-lo de tudo. Eu asseguro que ele ficara bem! Eu tomarei conta dele.
- Esta certo. Mas se acontecer algo com ele, voce sera a responsavel! Eu lavo minhas maos! Agora vou entrar. Passe bem! - ela fala e entra fechando a porta atras de mim. Espero nao estar arrumando sarna para me coçar.
Quando chego em casa preparo uma comida rapida para mim. Me sinto triste aqui sem minha mae,sem Gabriel. Eu estou tao sozinha no mundo quanto um pacote de bombom jogado no lixo. O ruim de nao se relacionar com muitas pessoas é a solidao. Hoje a sinto sentada comigo na mesa enquanto como. Posso ouvi-la dizer: "Do que adianta fingir que voce nao precisa de ninguem? Olhe para si mesma!" Ela esta certa. Do que adianta formar um casulo entre mim e o mundo se tudo que eu quero é liberdade. Pareço com um passaro que nasceu em cativeiro. Mesmo nao sabendo como é a vida la fora anseio por ela todos os dias,mas se abrissem a gaiola eu nao teria coragem de sair. Suspiro e nao consigo colocar mais nada para dentro. "Eu sou uma derrota.",penso.
Meu celular vibra na mesa e nao preciso ver o nome para saber quem é. Meu inico amigo. Meu namorado.
"Nunca pense que voce nao é nada pq para mim voce é mais que tudo. Te amo!"
Parece que estava lendo meus pensamentos. Respondo a mensagem.
"Eu nao sei como vc faz para advinhar o que estou pensando..."
Dois minutos depois outro torpedo chega.
" Voce é muito previsivel. Kkkkkk Na verdade,é pq eu te conheço mto bem!"
" É verdade! Mudando de assunto,sua mae falou com vc sobre nossa conversa?"
"Sim. Nao sei como vc a convenceu. Vc é demais!"
" Ela quase me ameaçou de morte,mas sou demais mesmo. Kkkkkk"
"Isso é o que se chama de sogra! Kkk Amanha nos vemos na escola!"
"Eu vou te pegar na sua casa ou sua mae super protetora vai vir te deixar aqui? kk"
" Nunca! Tenho meu orgulho,voce sabe! Falando nela.... Hora do remedio! Ate amanha,Lau! Bjo"
"Mães! Até! Bjo"

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

“Estou participando do concurso cultural “Natalizando o meu livro favorito” e quero meu presente de Natal em livros da Saraiva" .

Estou participando do
concurso cultural
“Natalizando o meu livro
favorito” e quero meu
presente de Natal em livros
da Saraiva.

Frase:
Nesse natal, tenho A Esperança de que irei ganhar 70 reais em cupons da Cuponation e do Blog Brincando com Livros para gastar na Saraiva comprando meus livros favoritos!

[Dica de Leitura] De repente,o desejo - Susan Fox

Esse livro parece ser muito bom! Ainda nao tive a oportunidade de lê-lo e por isso a Dica de Leitura será para mim e para você também! Ele foi publicado pela Unica Editora e esta com um preço bem acessivel no site da Saraiva! ;) #FikDik
Sinopse:
Merilee Fallon está para se casar
quando começa a se sentir
incomodada com a situação.
Apaixonada desde os sete anos por
Matt, ela sempre sentiu que ele era
sua alma-gêmea até que ela vê suas
irmãs chegando para o casamento.
Todas apaixonadas, vivendo fortes
emoções. Ela também queria aquilo,
viver uma paixão louca, encontrar
um cara que lutasse por ela. Esse
casamento pode estar com as horas
contadas! Matt sempre planejou a
vida ao lado de Merilee, e a chegada
do casamento só reforça seu amor
por ela. Mas quando Merilee entra
em crise pré-casamento e decide
adiar tudo, ele fica sem chão. Qual
seria a maneira de tentar
reconquistar o amor de sua vida?No
último volume da saga das Fallon,
acompanhe o fechamento dessa
incrível história, na qual o amor, o
cara ideal, o destino e o desejo
acertaram em cheio o coração dessas
lindas irmãs!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Final do Capitulo 6

Acordo,me levanto e sinto dores por todo o corpo. O sofá nao é o lugar mais confortavel para se passar a noite. Solto um suspiro e vou preparar o café. Faço ovos mexidos,um copo de suco e torradas. Como quase tudo e vou me arrumar. Estou ansiosa para ver Gabriel sair daquele hospital. Sei que sua recuperaçao ainda levará um tempo. Apesar de que ele nunca ira ficar bem totalmente. Quando chego no hospital, vou praticamente correndo pelos corredores. Quando chego perto da sala onde sei que ele esta, a porta se abre. E ele sai na cadeira de rodas com a sua mae empurrando. Nao vejo o pai dele.
Ele esta com as pernas cobertas por uma manta cinza e sorri totalmente feliz em me ver. Sinto meus olhos marejarem e vou em sua direçao consciente de minhas lagrimas. Me ajoelho em frente a cadeira e ele enxuga meu rosto com uma de suas mãos. O abraço de mau jeito,mas nao me importo. Sinto sua respiraçao em meus cabelos enquanto ele fala:
- Eu pensei que voce nao viria,Lau! - ele diz com um pouco de tristeza em sua voz.
- Isso nem passou pela minha cabeça! - seguro seu rosto entre minhas maos e ele faz o mesmo com o meu. Ele sorri tao sinceramente! A coisa mais acolhedora que eu ja vi. Ele me puxa para um beijo. Sinto seus labios buscando cada vez mais pelos meus. E se nao fosse pela sua mae estar ao nosso lado pigarreando nao teriamos nos separado tao cedo.
- Desculpa,dona Julia! - rio me sentindo totalmente envergonhada.
- Nada! Voces tem mais é que aproveitar. Mas comigo aqui de olho, é claro! - ela fala como se nao tivesse acabado de nos interromper.
- Vamos? Estavamos indo para casa.
E agora que ela tocou no assunto vejo que nao tinha pensado nisso. Agora sempre que eu quiser vê-lo terei que ir ate la. Tem a escola tambem,mas nao sei se ele poderá ir. Nem eu tenho ido mais,mas tenho boas notas nao da para ficar preocupada com uns dias.
Nos dirigimos ate a porta de saída. Nao queria ir agora para casa dele,onde estaremos cercados de varias pessoas.  Tenho uma vontade constante de estar a sós com ele. Como se os outros pudessem roubar a sua atençao de mim,e tambem por que quando estamos apenas nós dois,somos nós mesmos com liberdade e sem medo. Mas agora vou ter que dividi-lo constantemente. Alem de que ele nunca mais podera correr comigo,me pegar em seus braços e me levantar como antes. Nunca mais seremos totalmente livres.
- Dona Julia? - ela olha para mim. - Eu posso ir ate ali com o Gabriel? - aponto para um canteiro de plantas proximo ao hospital.
- Pode. Mais nao demorem muito! - ela solta os apoios da cadeira para que eu os pegue.
Me sinto estranha conduzindo Gabriel. O levo ate o canteiro e arrumo a cadeira para que fique de frente para o canteiro. Me sento em sua frente e ele me estende sua mao.
-  Gabriel,eu nem sei sobre o que eu realmente quero conversar com você... - eu olho para ele que esta com o rosto serio. - Tem sido bem dificil para mim esses dias. Mas cada dia que passa eu vejo que nao poderia ficar mais nenhum dia sem você. Eu durmo e acordo pensando em nós. E eu queria que voce soubesse disso para que voce nunca pense que eu irei te abandonar! - eu olho diretamente em seus olhos,e vejo que minhas palavras nao poderiam ser melhores.
- Lau,você é tudo para mim! Voce nao imagina o bem que me faz ouvir isso! Eu tenho passado todos os segundos desses dias pensando em nós tambem. Eu sei que eu nao posso te oferecer nada de muito concreto estando assim,mas você tera meu amor sempre que precisar. Eu te amo! - ele acaricia meu rosto e inclino meu rosto em direçao a sua mao. Suspiro aliviada por ter ele aqui comigo. Por poder falar o que sinto com ele.
- Eu tambem te amo... - me levanto e me inclino para lhe dar um beijo rapido. Vejo sua mae impaciente adiante.
- Vamos? Sua mae esta esperando. - eu digo a ele.
- Que mãe chata eu tenho! - ele rola os olhos e eu rio empurrando-o de volta para onde esta dona Julia.
Juntos vamos ate o ponto de onibus com a mae de Gabriel o guiando. Quando chegamos lá a mae de Gabriel o leva para sombra perto das cadeiras. Me sento,e ele empurra a cadeira a ajeitando a meu lado. Seus cabelos estao bagunçados e cobrem um pouco sua testa. Ainda assim,ele parece tao jovem e bonito. Ele ri para mim pegando minha mao e a aperta forte. Eu sorrio de volta para ele e gostaria que ele nunca se sentisse triste. E enquanto ele estiver ao meu lado farei de tudo para nao magoa-lo. Ficamos de maos dadas vendo os onibus passarem. Poucos na cidade estao realmente com o elevador destinado aos cadeirantes funcionando. Depois do que acho ser uma hora e meia um para. O cobrador desse para ajudar dona Julia a coloca-lo no elevador. Fico so olhando e imaginando que ele tera que passar por isso todos os dias enquanto viver. Nao so esperando pelo onibus,mas esperando pela compaixao de todos. Me sinto com o coraçao apertado e sacudo a cabeça para espantar os pensamentos.
Demora alguns minutos para que subam ele e mais alguns para colocar o sinto de segurança ao redor da cadeira de rodas na parte vazia e destinada aos cadeirantes. Tem apenas uma cadeira para um dos acompanhantes sentar ao lado do outro e um encosto com alcochoado para alguem que fique em pe ter um minimo de conforto.
Fico em pé e dona Julia senta ao lado do filho com um ar preocupado. Ela nao tira os olhos dele. Ele pega a minha mao e olha para mim com un olhar triste. Olhos para os lados e alguns passageiros nos encaram com rostos de pena.
Volto meu olhar a Gabriel e murmuro para ele um "Te amo". Ele sorri e aperta a minha mao. Ele olha para uma das janelas a nossa frente com o olhar totalmente perdido. Eu nao sei como me sentiria se estivesse no lugar dele. Isso a gente so pode saber quando esta passando pela situaçao.
Fico pensando se devo ir para a casa de Gabriel agora. Acho que esse primeiro momento ele deve passar ao lado da familia. Eu me sentiria deslocalada la de qualquer forma. Nao tenho muita intimidade com os pais dele e me sentiria o tempo todo com vergonha. Depois eu vejo como farei para vê-lo.
Nao demora muito para a parada de Gabriel chegar. Decido descer com eles e de la ir caminhando para casa. O cobrador novamente ajuda dona Julia com Gabriel,e agora é mais rapido. Assim que descemos eu digo:
- Gabriel,nao vou para sua casa agora. Tenho que arrumar umas coisas la em casa. Mamae volta amanha e tenho que deixar a casa um minimo que seja apresentavel. - rio um pouco. Ele me da um olhas descontente.
- Eu gostaria muito que voce fosse conosco. Faz tantos dias que nao converso direito com voce. - ele acaricia meu braço
- Agora eu nao posso mesmo,Gabriel. Se dona Julia deixar eu te pego mais tarde na sua casa e te levo para minha! - sorrio e ele me da um olhar provocador. Nao muda!
- Eu nao sei nao. Voces dois sozinhos... - ela fala meio seria.
- Mae,o que eu posso fazer com a Laura estando desse jeito? - ele fala parecendo um pouco triste,mas ri e continua. - A nao ser que ela queira,é claro!
- Pare com isso,Gabriel! - digo me sentindo vermelha como um pimentao falando disso na frente da mae dele.
- Voce pode busca-lo,Laura! Mas teram que ter cuidado por que ele ainda esta se recuperando.
- Claro! - eu digo e me abaixo para dar um beijo em Gabriel. Um selinho bem rapido para falar a verdade.
- Tchau,Laura! Mau posso esperar para mais tarde! - ele levanta um pouco os braços entusiasmado demais.
- Tchau,Gabriel!
Me viro caminhando adiante na avenida enquanto eles entram em uma rua. Olho para tras e vejo que ele faz o mesmo. Dou um tchau com a mao e ele me manda um beijo. Me viro novamente. Me sinto tao feliz e em paz como nao tinha me sentindo a dias. "Ele esta bem e em casa!",penso rindo comigo mesma.
Arrumo a casa da forma mais impecavel que posso. Da um pouco de trabalho a julgar que eu nao dei nenhum um pouco de atençao a ela esses dias. Ja estou com saudade de mamae mesmo que noa ultimos tempos estivessemos no mais completo silencio uma em relaçao a outra. Mas sinto falta da sua presença,das suas poucas palavras,de simplesmente tê-la aqui ao meu lado. Nao sei como ela conseguiu dar um jeito para nao ir ao trabalho esses dias. Ela trabalha em uma livraria no centro da cidade na parte da tarde. Foi o que ela conseguiu depois que meu pai foi embora.
Estou ansiosa para ir buscar Gabriel. Sei que ele deve estar tambem. Ainda mais depois que eu prometi mostrar meu quarto a ele naquele dia. No dia do acidente. Tambem no dia em que ele me pediu em namoro. Um dia de sorrisos e de lagrimas.
Me troco rapido e vou ate a casa dele. Ele estava me esperando em frente a sua casa com a sua mae. Tinha mandado um torpedo avisando que estava indo. Ele esta com uma camisa polo preta e uma calça jeans. Seu cabelo esta penteado e arrumado no topete mal arrumado de sempre. Ele esta com um sorriso que cobre quase seu rosto por inteiro. Me abaixo para abraça-lo.
- Vamos,grandao?
- Pensei que voce nao fosse dizer isso logo. Ate mais,mae! - dona Julia se abaixa e da um beijo nos cabelos dele e ele protesta. - Aqui na rua nao,mae!  - nao consigo me segurar e sorrio.
- Trago ele antes de anoitecer! - ela me abraça  e depois entra. Quando seguro na cadeira para empurra-la,Gabriel fala.
- Por favor,deixe eu conduzir? Minha mae nao deixa eu me mover sozinho nem por um minuto desde que cheguei em casa. Como se eu nao pudesse mover os braços tambem.
- Voce tem certeza?
- Eu posso fazer isso! - ele me encara esperando serio.
- So vou te ajudar a descer a rampa,ok? - ele ri.
- Ta bom!
O desço devagar e logo que chegamos o chao, ele pega nos pneus se impulsionando para frente. Quem o vê assim pensa que ele fez isso a vida toda. Depois de alguns passos ele quebra o silencio.
- Eu mal posso esperar para ver nossos nomes na parede do seu quarto! - ele sorri e eu consigo perceber por que acabei me apaixonando por ele. Ele irradia felicidade mesmo nos piores momentos e nunca reclama.
- Eu ja nao posso dizer o mesmo. - abaixo a cabeça antes de continuar. - Eu sinto vergonha um pouco...
- Por que? - ele desacelera um pouco a cadeira de rodas ao meu lado.
- Porque faz muito tempo. E mesmo naquele tempo,eu nao poderia imaginar que iamos namorar um dia. - ele me encara e me da um olhar determinado.
- Eu sempre soube. Desde o primeiro dia que te vi. É verdade que eu nunca tive coragem de dizer antes. - ele gora olha para frente. - Porque voce sempre se retraía. Com qualquer coisa. Entao eu pensei que seria o mesmo comigo. Ate eu perceber... - O que? - sinto meu coraçao acelerar.
- Que voce tambem gostava de mim. So faltava um impurraozinho meu para voce perceber. Ate que eu o dei e olha onde estamos! - ele sorri totalmente satisfeito.
- Voce parece advinhar as coisas antes de mim mesma!
- Bem isso,Lau! - ele sorri para mim e continuamos o resto do caminho em silencio.

#DrawingDay Assassin's Creed

Eu nunca li ou joguei nada relacionado a Assassin's Creed,mas curto bastante o estilo de roupas dele, e foi meio como um desafio para mim fazer um desenho tão detalhado! Espero que gostem!

[News] Divulgado Primeiro Poster de A Culpa é das Estrelas

Primeiro pôster de A CULPA É DAS
ESTRELAS com Shailene Woodley e
Ansel Elgort foi duvulgado hoje! Estou apaixonada, e ansiosa para vê-lo em 2014! Confiram abaixo!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Mais do Capítulo 6

Antes de ir embora para casa,procuro pelo médico que atende Gabriel. O encontro na ala de espera falando com um homem. Quando me aproximo,o homem que esta com ele faz um gesto indicando que estou me aproximando e ele vira.
- Em que posso ajudá-la? - ele me da um sorriso de má vontade.
- Eu queria saber quando o Gabriel vai ter alta. - ele olha para mim fingindo estar confuso.
- Gabriel? O paralitico? - ele me da um olhar de desdem e tenho vontade de socar o meio da sua cara.
- Ele mesmo.
- Bem. Como eu havia dito a você ele já é um caso perdido. Só com um milagre de Deus para ele voltar a andar. Por isso,vou providenciar para que lhe deem alta amanha a tarde. Os pai dele ja chegaram?
- Nao. Ainda nao. Obrigada pela informaçao!
- De nada,querida! - ele me olha dos pés a cabeça com uma cara de nojo e se vira de volta para o homem com que falava. Mas antes de sair ouço ele dizer:
- Essa coitada deveria deixar aquele garoto aleijado para lá enquanto tem tempo!
Eu fico chateda ao ouvir ele falar dessa maneira de Gabriel. Eu ficaria com raiva ao ouvir ele falar assim de qualquer pessoa. É muito baixo para uma pessoa,ainda mais um medico,ficar falando de alguem que nao pode se defender,nem esculta-lo. Mas, ao mesmo tempo em que fico revoltada,nao consigo deixar de pensar em suas palavras. Será que eu deveria deixa-lo enquanto ainda posso?
Contudo,eu jamais conseguiria conviver com a culpa e o remorso me remoendo,caso o fizesse. Pior,nao conseguiria viver sem a presença dele ao meu lado. Ele é o meu maior incentivo para tentar ser uma pessoa melhor. Um anjo que cuida de mim quando ninguem mais o faz. Agora ele precisa de mim e tenho que ser forte e tentar aprender com as suas dificuldades.
Quando chego em casa ando por ela me sentindo muito solitaria. Se pudesse traria Gabriel do hospital para cá. Eu realmente nao sei como eu vou fazer para encontrar com ele todos os dias. Nao me sinto a vontade com a ideia de ficar indo para casa dele sempre. Eu terei que dar um jeito para traze-lo de vez em quando para cá ou para dar um passeio.
É muito estranho para mim a ideia de ter que "carregá-lo" por aí. Não gosto de pensar em como ele era antes por que isso so dificulta mais para que eu me acostume com a situacao. Amanha verei ele pela primeira vez na cadeira de rodas. Imagino como ele estará se sentindo. Como eu vou me sentir com isso.
Preparo alguma coisa para comer. Por sorte sei me virar razoavelmente bem na cozinha. Provavelmente,mamae irá chegar depois de amanha e nao terei mais essa preocupaçao.
Como devagar e a comida cai em meu estomago como pedras jogadas em um lago. Ainda nao consigo tirar Gabriel de minha mente,e parece que eu posso enlouquecer. Deixo metade do que coloquei no prato e vou em direçao a meu quarto. Paro quando passo em frente ao espelho e nao reconheço a imagem que vejo. A garota que vejo esta tao palida e abatida que mal consigo achar semelhanças entre ela e eu. Levanto o braço e ela faz o mesmo. Me aproximo dela e toco o vidro gelado,e encosto minha testa nele. "Em que eu irei me transformar ao longo de tantas preocupaçoes que terei que aprender a lidar?",eu penso e quase posso ouvir uma voz sussurrar em meu ouvido: " Numa sombra de si mesma."
Me jogo na cama cansada demais para tentar refletir sobre minha propria situação. Pego no sono quase imediatamente e tenho um sonho. Estou parada no meio da trilha durante uma tempestade. O vento me açoita firmemente,enquanto tento assimilar a situaçao.O primeiro pensamento que me ocorre é que eu deveria sair daqui,é muito perigoso ficar embaixo de uma arvore durante uma tempestade,ainda pior tendo varias ao seu redor. Antes de poder sair do lugar esculto um trovão tao alto que me arrepio por inteiro. Mas ele nao passa,apenas fica mais alto a cada segundo. Sinto meus ouvidos pulsarem e me agacho no chao com as maos tampando os ouvidos. É enlouquecedor.
No começo da trilha,avisto uma silhueta escura. Aos poucos,em meio a chuva,consigo distinguir quem é.
Gabriel se aproxima em uma cadeira de rodas e com roupas totalmente negras. Parece que a tempestade vem diretamente dele. Me levanto e destampo meus ouvidos depois que percebo que o trovao passou. Ele esta com a cabeça abaixada e se move como se estivesse sendo empurrado pelo proprio vento. Quero gritar seu nome,mas nao encontro minha voz. Tento sair do lugar,mas minhas pernas estao como se estivessem coladas no chao.
Ele se aproxima mais ate que para em minha frente. Movo um dos meus braços em direçao a sua cabeça ainda abaixada e ele a levanta. Me encara com uma expressao tao horrivel que faltam palavrs para descreve-la. Ele fala sem abrir a boca.
- Eu serei o seu pior pesadelo!
Acordo com um grito estrangulado e percebo que já é noite. Estou completamente molhada de suor,minha respiração esta agitada e meu coraçao esta a mil. Levanto da cama e vou em direçao ao banheiro para tomar um banho. Estou tão assustada que deixo o sabonete cair algumas vezes antes que minhas maos parem de tremer. Enquanto a agua desce por meu rosto imagino ela lavando mais que a sujeira do corpo,mas tambem a da minha alma e dos meus pensamentos.
Eu ja tive varios pesadelos antes,mas esse muito real. Cada gota de chuva,e cada palavra que Gabriel disse. Nao consigo imagina-lo na vida real tao sobrenatural quanto no sonho,mas parecia ele ainda. Na verdade,pareceu como um aviso de que as coisas vao ficar bem dificeis. Eu sei no meu intimo que nao sera nada facil para nenhum de nos. Mas eu nao quero mais ter sonhos como esses. " E se eu tive-los todas as noites depois que eu escolhi ficar ao lado dele?",penso.
Eu nao posso me dar o luxo de ficar com medo agora. Eu prometi a ele que nao iria fugir. Que eu ia enfrentar todos os olhares direcionados a nos por que eu gosto dele. Nao posso me esquecer disso.
Saio do banho,me troco e vou ver tv. Ja é tarde mas nao quero voltar a dormir. Quem sabe o que estara me esperando na escuridao da minha mente. Mas de qualquer forma acabo dormindo no sofá;um sono sem sonhos.

[Resenha] Sussurro - série Hush Hush (1° livro)

[Resenha] Sussurro -
livro 1 da série Hush,
hush - de Becca
Fitzpatrick
Editora: Intrínseca
Páginas: 260
Nota: 5/5
Se apaixonar nunca foi tão fácil…
ou tão mortal. Para Nora Grey,
romance não era parte do plano.
Ela nunca se sentiu
particularmente atraída por
nenhum garoto de sua escola, não
importa o quanto sua melhor
amiga Vee os empurre para ela.
Não até a chegada de Patch.
Com seu sorriso tranquilo e olhos
que parecem enxergar dentro dela,
Nora é atraída por ele contra seu
bom senso. Mas após uma série de
acontecimentos aterrorizantes,
Nora não sabe em quem confiar.
Patch parece estar onde quer que
ela esteja, e saber mais que ela do
que seus amigos mais íntimos.Ela
não consegue decidir entre cair
nos braços dele ou correr e se
esconder. E quando tenta
encontrar algumas respostas, ela se
acha próxima de uma verdade que
é bem mais perturbadora do que
qualquer coisa que Patch a faça
sentir. Pois Nora está bem no meio
de uma antiga batalha entre os
imortais e aqueles que caíram – e,
quando se trata de escolher lados,
a escolha errada poderá custar sua
vida.
Nora Grey sempre sentou-se
durante as aulas com Vee, sua
melhor amiga, até que um dia seu
professor de biologia resolveu
trocá-la de dupla e colocou-a com
Patch Cipriano, um aluno
misterioso, bad boy, do tipo que as
taradas piram, o pior era que Nora
não sabia nada sobre esse
misterioso aluno mas ele a
conhecia melhor do que ninguém.
Desde então a vida de Nora virou
de ponta cabeça além de estar
perdidamente apaixonada por uma
pessoa cuja vida é um imenso
segredo ela começa, simplesmente
do nada, a ser perseguida por um
assassino mascarado tornando cada
minuto de sua vida um eterno
perigo.
Becca Fitzpatrick consegue
desenrolar na série "Hush, hush"
uma história emocionante e
incrivelmente agradável de se ler.
Tudo bem que as vezes
é possível notar uma certa
semelhança com Crepúsculo
(alguns dizem que é apenas
Crepúsculo com anjos, o que
discordo) mas é algo extremamente
normal a partir do momento que
ambas histórias retratam temas e
personagens de um mundo irreal,
porém, mesmo assim, a autora
consegue tornar o romance original
do começo ao fim, começando pelos
personagens: desde quando Bella
teria uma melhor amiga tão louca
quanto Vee? Capaz de arrancar
boas gargalhadas mesmo no
momento mais tenso do livro.
Outro ponto importante é o jeito
que a autora guia e finaliza o livro,
você só descobre quem é o sujeito
mascarado próximo ao final do livro
e até lá, pelo menos comigo, todos
meus palpites de quem ele era
estavam absolutamente errados.
Ouvi e li dezenas de elogios em
relação a capa mas, pessoalmente,
não achei ela esse "tão todo", só
comprei o livro porque estava com
pouco dinheiro procurando algo na
promoção e lá estava ele pela
metade do preço e totalmente
acessível as minhas condições
financeiras, além de lembrar que
uma amiga havia falado super bem
dele, então resolvi comprar. A
única coisa que posso comentar é
que até hoje agradeço-a por ser a
ponte que me guiou ate tal obra.
Comentário: Ele é um anjo caído,
ela uma humana "diferenciada" e
uma disputa entre raças capaz de
pirar com o psicológico de
qualquer um, isso meus amigos é
HUSH, HUSH.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

[Resenha] Dezenove Luas

Sinopse: Emocionante final da
saga Beautiful Creatures, que
vendeu mais de 100 mil
exemplares apenas no Brasil.
Nesse novo volume, após ter
se sacrificado para
restabelecer a Ordem das
Coisas e salvar o mundo de
um apocalipse iminente,
Ethan precisa encontrar uma
forma de retornar do mundo
dos mortos e reencontrar
Lena, seu único e grande
amor. Enfrentando velhos
inimigos e fazendo aliados
improváveis, ele precisa
acreditar que o verdadeiro
amor conquista tudo. Será?
Título: Dezenove Luas - série
Beautiful Creatures #4
Autor(a): Margaret Stohl e Kami
Garcia
Páginas: 322
Editora: Galera Record
Avaliação: 5/5
Contém spoilers dos livros
anteriores .
Depois do encantamento inicial, de
três livros, de muitas surpresas e
reviravoltas, de muitos altos e
baixos e de uma adaptação
decepcionante, Beautiful Creatures
chega ao fim. Não foi fácil dizer
adeus e talvez vocês percebam isso
com a resenha um tanto quanto
emocional, mas o que posso dizer é
que Dezenove Luas deu um final
lindo e digno a série.
Ethan sacrificou a sua vida para
restaurar a Ordem e salvar a vida
de todos que ama. Agora ele está
no Outro Mundo , preso em uma
réplica exata da sua casa e junto
da sua mãe, mas mesmo ele
conhecendo seu destino e
aceitando que está morto, Ethan
não consegue deixar Gatlin e
principalmente Lena para trás.
Depois de descobrir que talvez não
era para ele ter morrido e que
talvez haja uma forma de desfazer
sua morte, Ethan vai se aventurar
pelo Outro Mundo e enfrentar
novos inimigos para conseguir
voltar para casa.
Depois do final desesperador de
Dezoito Luas eu não sabia muito
bem o que esperar, mas assim que
comecei a leitura fui, novamente,
conquistada por esse mundo
incrível dos Conjuradores . Para
mim, o maior mérito da série é a
mitologia e o mundo criado pela
Margaret Stohl e Kami Garcia. É
incrível como a magia salta das
páginas e envolve o leitor, como
tudo é original, surpreendente e
único. Um grande exemplo é a
própria Gatlin, já que desde o
primeiro livro a cidade se tornou
muito mais do que o local em que
tudo acontece, virando quase um
personagem com todas suas
peculiaridades. Mesmo depois de
três livros, eu ainda fui pega de
surpresa e fiquei fascinada com
tudo que existe no Outro Mundo
criado pelas autoras.
Desde o livro anterior que o Ethan
de fato se tornou o protagonista da
sua estória e aqui isso fica ainda
mais evidente. Mesmo tendo um
pouco de cada personagem, o
Ethan rouba toda a nossa atenção
com a sua força, determinação e
amor incondicional para com
aqueles que ama, principalmente,
é claro, a Lena. Durante toda a
série o personagem sofreu demais,
perdeu muita gente e sacrificou
muitas coisas (até a sua própria
vida) e fica impossível não sentir
pena por ele e ao mesmo
admiração pela força que ele
adquiriu com tudo isso. Nessa sua
jornada para voltar pra casa ele
enfrenta tudo de frente e não
desiste nunca, ele se tornou o
herói de sua própria estória, um
mortal que se destacou muito mais
do que todos Conjuradores e
Incubus que conhecemos.
Sei que muita gente, como eu,
acha todo o amor do Ethan e da
Lena um pouco demais , até um
pouco irreal, mas com o passar dos
livros eu acabei considerando esse
relacionamento absurdo parte
intrínseca de toda a estória de
Beautiful Creatures e parei de me
incomodar tanto com isso. Em
Dezenove Luas isso não incomoda
tanto quanto nos outros livros e,
sinceramente, essa intensidade de
sentimentos entre os dois foi um
elemento essencial para que o
Ethan seguisse seu caminho.
Umas das coisas mais legais do
livro é que as autoras fizeram
vários paralelos com momentos
importantes dos outros volumes,
cenas que marcaram os leitores e
que foram cruciais para o
desenvolvimento da estória dos
personagens. A vida do Ethan
mudou de forma radical durante os
seus últimos quatro anos e nós
fazemos meio que uma
retrospectiva de tudo isso de uma
forma muito subentendida e
interessante de se acompanhar.
A narrativa desse último livro está
deliciosa, a partir do momento em
que você começa a ler os primeiros
parágrafos é simplesmente
impossível de parar até chegar ao
final. Mesmo tentando enrolar para
que não acabasse tão cedo, eu li o
livro todo em um dia.
As autoras fecharam muito bem a
sua estória , não deixaram
nenhuma ponta solta e nenhum
ponto sem explicação. Todos os
personagens que um dia foram
importantes e/ou marcantes são
lembrados, mostrados e recebem
um final. Nem todos esses finais
são os que esperamos que seriam
e nem todos são bons, mas
nenhum é esquecido ou deixado
de lado. Sem dúvida foi difícil
dizer adeus para personagens
como Macon , Link , Amma , Ridley,
Liv, Marian e, claro, Lena e Ethan .
Mas mais difícil ainda foi aceitar o
final.
Beautiful Creatures não é uma
série que idealiza situações, as
autoras são tão cruéis com seus
personagens como a vida é muitas
vezes cruel conosco e isso não
muda nesse seu capítulo final.
Acho que até agora eu estou em
choque com o que aconteceu, nem
por um segundo eu imaginei que
aquilo iria acontecer. Olhando para
trás faz todo o sentido, mas é
impossível olhar para esse
acontecimento de forma não
emocional. Eu chorei, e muito .
Esperei por alguma solução para
aquilo, uma reviravolta que não
veio e depois de tudo eu só queria
abraçar o Ethan e todos os outros
personagens e dizer que ficaria
tudo bem, que finalmente tudo
ficaria bem.
Dezenove Luas traz um lindo final
para a série. Mais voltado para o
lado emocional dos personagens, o
livro fala sobre perda, dor e
sacrifício, mas também sobre
determinação, amor, fé, esperança,
força, amizade e família. Tudo isso
com toques magníficos dessa
mitologia tão única que só
Beautiful Creatures tem. Foi difícil
dizer adeus para Gatlin, com todos
os seus personagens, segredos e
poderes, mas ficou infinitamente
mais fácil tendo um fechamento
tão incrível quanto esse.
Eu nunca tinha estado
sozinho. Nem por um
minuto. Eu posso ter sido um
Obstinado, mas meu caminho
estava cheio de pessoas que
me amavam. Elas eram o
único caminho que eu
conhecia.
Eu acho que é sobre isso a
jornada de um herói. Você
pode não começar como um
herói, e você pode até não
terminar desse jeito. Mas
você mudou, o que é o
mesmo quando tudo muda. A
jornada transforma você, você
sabendo ou não e você
querendo ou não.
Tem um ponto. Eu não sei
qual é, mas tudo o que tinha,
e tudo o que tinha perdido, e
tudo o que eu senti –
significou alguma
coisa. Talvez não haja um
significado para a vida. Talvez
só se tenha o significado de
viver. Foi isso que eu aprendi.
É isso o que eu vou fazer
daqui pra frente. Viver. E
amar, piegas como soa.

domingo, 15 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Continuação do Capitulo 6

Entro na sala e vou em direçao a cama dele. Ouço cada passo que dou ressoar como trovoes em meus ouvidos. Ele esta acordado,e olha para mim sorrindo,feliz em me ver. Por pouco tempo.
- Lau! - ele estende uma das maos para mim e eu a pego enquanto me sento. - Estou tao feliz em te ver! Me sinto muito isolado aqui. - ele olha para suas pernas e depois para mim.
- Eu tambem estou muito feliz por vê-lo! Voce nao imagina o tamanho da agonia que eu passei ate poder te ver de novo. - ele toca em meu rosto tao suavemente que parece a caricia de uma pena. - E eu nao pretendo sair do seu lado enquanto eu puder! - aperto sua mao ainda na minha e sorrio carinhosamente para ele.
- Voce parece preocupada,Lau? Comigo? - ele diz sorrindo com sei jeito brincalhao.
- Sim,realmente estou! - olho para o outro lado e ele segue o meu movimento com seu olhar.
- O que esta te incomodando,Laura? Pode me contar!
- Eu... - me atrapalho com as palavras. Nem tive ao menos tempo de pensar no que diria a ele. Sinto um aperto sufocante na garganta,mas me obrigo a continuar. - Eu nao sei por onde começar,Gabriel! Mas eu imagino que voce saiba do que se trata. - ele lança um olhar de desagrado para suas pernas e solta um longo suspiro.
- Eu sei,Laura! Ninguem mais do que eu sabe disso. Eu tento todas as horas desde aquele maldito acidente mechê-las! Mas elas simplesmente nao me obedecem mais. Eu as vejo,mas parecem de outra pessoa.  - ele nao olha para mim enquanto fala. Eu me sinto tao desolada por nao conseguir fazer nada!
- Eu so quero que voce saiba que eu nao estou pensanso em te abandonar. Eu estarei do seu lado em qualquer situacao. É dificil para mim sim,eu nao vou mentir para voce. Mas eu gosto muito de voce e nao consigo imaginar a minha vida sem voce fazendo parte dela! - ele vira sua cabeça em minha direçao com os olhos lacrimejando. Posso ver toda a dor que ele tenta esconder dentro deles.
- Laura,voce nao pode deixar de viver a sua vida por mim. Eu nunca te pediria isso. Seria injusto demais. Pensa bem,o que eu posso te oferecer nesse estado? - ele lança um olhar de nojo para si mesmo e tenho vontade de chorar. Seguro seu rosto entre as minhas maos delicadamente para que ele em meus olhos.
- O que eu posso querer mais do que o que voce me da? Do que o seu amor? So voce me entende e me completa,Gabriel! Seria injusto eu te pedir qualquer outra coisa alem disso. Voce esta vivo e isso é o que importa! - me lanço em seus braços,e ele me abraça forte. Beijo o seu pescoço,e ele acaricia as minhas costas. Me deixo sentir o calor do seu corpo junto ao meu. Ele esta vivo e junto comigo outra vez. Nada pode mudar isso.
- Laura? - ele sussurra em meu ouvido.
- Sim?
- Eu nao sei se eu te mereço... - sinto tristeza em suas palavras.
- Eu que poderia nunca merecer o seu amor. - ele me afasta e me puxa para um beijo cheio de saudade,suspiros e entedimento. Somos um como nunca fomos antes.
Ele me chama para deitar ao seu lado na cama e eu não consigo dizer nao. Ele se ajeita do maneira que pode e o ajudo com as pernas e em seguida me deito ao seu lado repousando minha cabeça em seu peito. Ele passa as maos em meuscabelos,de vez em quando enrolando meus cachos. Me sinto bem como nao tinha me sentido a dias. Bem e protegida aqui em seus braços,mesmo que se acontecesse algo eu teria muito mais vantagens do que ele.
- Laura? - ele diz calmamente.
- Sim?
- Voce nao esta mesmo assustada com essa situacao? Nao quer fugir? - me levanto um pouco para deixar que ele veja meu rosto.
- Com vontade de fugir,não. Eu realmente nao estou. A unica coisa que eu estou é preocupada com voce. - ele afaga meu ombro e sorri.
- Eu tambem estou preocupado com voce,Lau!
- Preocupado com o que? Com o fato de eu ser fraca e nao conseguir empurrar a sua cadeira de rodas? - eu contraio meu braço mostrando meus pequenos musculos. - É talvez voce tenha razao,Gabriel! - tento passar um olhar triste mas acabo rindo e ele tambem.
- Nao com isso,Laura! Apesar de ser verdade! - dou um soco de leve em seu braço e ele ri. - Mas estou preocupado em voce nao conseguir lidar... - ele nao continua.
- Com os olhares de todos? Eu darei conta de todos eles,Gabriel! Desde que voce esteja ao meu lado. E por favor nao fale mais nisso. Deixe as coisas acontecerem! - com meus dedos  contorno as linhas que se formam entre suas sombrancelhas. - Voce parece um velho sabia?
- Cala a boca,Lau! - ele diz e me puxa para um beijo.

sábado, 14 de dezembro de 2013

[Eu Cinza] Capitulo 6

Capitulo 6
Chego em casa e a primeira coisa que vejo é um lanche que mamae preparou para mim: uma fatia de bolo de chocolate com cobertura e refrigerante,tudo em uma bandeja colocada na mesinha de centro da sala. Quando pego o copo com refrigerante vejo um pequeno bilhete.
  "Filha,precisei viajar as pressas para a casa de sua tia Bianca. Ela nao passa bem e como nao havia mais ninguem para ir cuidar dela tive que vir. Deixei alguma comida para voce esquentar na geladeira. Volto em 3 dias. Juízo!"
Faz tanto tempo que vi tia Bianca que ja nao consigo mais lembrar do seu rosto. Muito gentil da parte de mamae ir cuidar dela. Mas ela nunca tinha me deixado sozinha para viajar. Acho que ela deve pensar que ja estou grande o bastante para passar alguns dias sozinha. Na verdade eu ja estou,e vai ser muito bom para mim ja que tenho que esta saindo a toda hora para ver Gabriel. Bom tambem para eu poder pensar.
Como o lanche o mais rapido que posso para ir tomar um banho e me trocar. Quero voltar ao hospital para conversar a sós com Gabriel. Imagino que a essa hora seus pais devem ter ido para casa e quando eu chegar la poddremos ter um tempo para nós.
Quando chego a ala de recuperacao do hospital o médico que cuida de Gabriel me avista e vem ao meu encontro.
- Filha,você é irmã do Gabriel? - ele fala olhando impaciente para mim.
- Não. Sou a namorada dele.
- A sim! Eu gostaria muito de falar com alguem da familia sobre o diagnostico dos exames dele. - ele fala com um tom de preocupaçao que acaba me assustando.
- Voce pode falar para mim tambem.  Eu... - minha voz trava,e eu demoro alguns segundos para força-la a sair. -  ... tambem me importo com a saude dele. Por favor,me diga! - ele olha para mim passando a mao em seu queixo analisando meu pedido.
- Tudo bem. Ja que voce é a namorada dele deve ser uma das mais interessadas em saber da situaçao dele. Mas temo dizer que nao sao noticias boas! - ele me da um olhar questionador.
- Mas é claro que eu quero saber! Nao em enrole mais e va ate o ponto,por favor! - ele da um longo suspiro e fala.
- Os exames e testes que fizemos com ele indicam que ele ira ficar paraplegico. Podemos indica-lo a fazer fisioterapia,mas acho que os esforços seram em vao.
Sinto como se meu coraçao estivesse soterrado debaixo de toda a infelicidade da terra. Nao posso chorar agora por que ainda tenho uma coisa a fazer por ele.
- Seria muito pedir para que eu desse a noticia a ele primeiro? - ele da de ombros.
- Claro. Para mim tanto faz quem o diga. Se voce acha melhor pode ir. - ele diz indo embora.
Olho para a porta da sala e esqueço como fazer minhas pernas chegarem ate ela. É a hora da verdade.

[Eu Cinza] Final do Capitulo 5

Eles nos encaram por alguns momentos como se tivessem analisando a situacao. Me sinto desconcertada e largo Gabriel. Dona Julia sorri para mim e sinto minhas bochechas ficarem vermelhas. Gabriel olha para mim e entao fala:
- Nós estamos namorando. - ele diz de uma maneira tao fluida e simples como se estivesse falando sobre o que tomar no cafe da manha. Eu fico um pouco chocada por que eu nao esperava que essa noticia fosse dita dentro de uma sala de hospital. Ainda mais nessas circunstancias. Mas ele nunca foi de esperar muito por nada e nem de guardar as coisas para si como eu.
Seus pais trocam olhares que decifro como um: "Ora! Ele pensa que nao sabiamos! Bobinho!" Sua mae vem ate mim e me da um abraço.
- Eu sempre soube que esse dia ia chegar. Ate acho que tenha demorado. - ela diz e pisca para nos.
- Eu tambem! - Gabriel fala e acaricia levemente meu rosto. Sorrio para ele e seguro sua que estava em meu rosto firmemente e assinto levemente com a cabeça.
Uma enfermeira chega e nos diz para sairmos enquanto ela aplica uma injeçao em Gabriel,algo para ele dormir. Ja la fora os pais de Gabriel me pedem para ir para casa descansar.
- Filha, - dona julia fala - va para casa! Voce ja fez muito por aqui. E nao deixe de viver sua vida! Voce tem que estudar! O que sua mae diria disso? - ela fala e afaga meu ombro. - Qualquer novidade eu te ligo. Va em paz!
Assinto com a cabeça e vou para casa.

[Sorteio] Broche de Em Chamas

Bem,estava pensando em fazer uma promo para divulgar o Blog e lembrei que havia ganhado 2 promos de Em Chamas! Então resolvi sortear um dos broches que eu ganhei. Ainda está na embalagem!
E para participar é muito fácil! Basta seguir as etapas a seguir e já estará concorrendo!
1° - Seguir meu perfil no twitter: http://www.twitter.com/Suzanna_Aguiar ou procure por @Suzanna_Aguiar
2° - Siga o Blog na parte de seguidores a direita da tela,na parte interativa.
3° - Tweet o seguinte no seu twitter: "Estou participando da Promo do #MundoCinza e quero ganhar o broche de Em Chamas! http://eucinza.blogspot.com
E agora é só torcer! O resultado sai no dia 10 de janeiro aqui no Blog e e no meu twitter! Boa a sorte a todos!

[Sorteio] Broche de Em Chamas

Bem,estava pensando em fazer uma promo para divulgar o Blog e lembrei que havia ganhado 2 promos de Em Chamas! Então resolvi sortear um dos broches que eu ganhei. Ainda está na embalagem!
E para participar é muito fácil! Basta seguir as etapas a seguir e já estará concorrendo!
1° - Seguir meu perfil no twitter: http://www.twitter.com/Suzanna_Aguiar ou procure por @Suzanna_Aguiar
2° - Siga o Blog na parte de seguidores a direita da tela,na parte interativa.
3° - Tweet o seguinte no seu twitter: "Estou participando da Promo do #MundoCinza e quero ganhar o broche de Em Chamas! http://eucinza.blogspot.com
E agora é só torcer! O resultado sai no dia 10 de janeiro aqui no Blog e e no meu twitter! Boa a sorte a todos!

[Sorteio] Broche de Em Chamas

Bem,estava pensando em fazer uma promo para divulgar o Blog e lembrei que havia ganhado 2 promos de Em Chamas! Então resolvi sortear um dos broches que eu ganhei. Ainda está na embalagem!
E para participar é muito fácil! Basta seguir as etapas a seguir e já estará concorrendo!
1° - Seguir meu perfil no twitter: http://www.twitter.com/Suzanna_Aguiar ou procure por @Suzanna_Aguiar
2° - Siga o Blog na parte de seguidores a direita da tela,na parte interativa.
3° - Tweet o seguinte no seu twitter: "Estou participando da Promo do #MundoCinza e quero ganhar o broche de Em Chamas! http://eucinza.blogspot.com
E agora é só torcer! O resultado sai no dia 10 de janeiro aqui no Blog e e no meu twitter! Boa a sorte a todos!

[Resenha] Insurgente - Veronica Roth

inou que depois que
passasse pela iniciação, se tornaria
finalmente um membro da
Audácia e sua vida seria mais
fácil.
Ledo engano. No final de
Divergente, coisas abomináveis
aconteceram, sua facção foi usada
e controlada pelos Eruditos. Agora
ela, Quatro e seu irmão não tem
para onde ir. Uma guerra irá
começar? Como eles lutarão contra
seus próprios amigos? Oh Will,
esse pensamento não abandona a
mente de nossa lutadora...
Eles encontram abrigo na
Amizade, mas sabem que não
durarão lá muitos dias. Tudo que
aconteceu está entranhado em seu
sangue e não podem
simplesmente ficar em paz
seguindo as regras de seus
anfitriões, e muito menos
conseguir ficar escondidos por
mais tempo...
Mas uma revelação muda tudo. Os
sem facção, que todos sempre
pensaram como descartáveis,
talvez possam ser o trunfo na
manga que os ajudaria a virar
este jogo e salvar seu mundo.
Será? Talvez.
Há uma pessoa entre os sem
facção que tem motivos para
ajudá-los e talvez até razões
desconhecidas para tirar vantagem
desta situação...
Não sabendo muito bem em quem
confiar, eles acabam encontrando
seus amigos da Audácia que se
rebelaram contra o controle
imposto pela Erudição e estão
escondidos no prédio da
Franqueza. E lá, são submetidos
ao soro da verdade para saber se
são confiáveis. E agora? Tris está
pronta para revelar o segredo que
vem atormentando-a desde aquela
fatídica noite? Quatro possui algo
que não deseja revelar?
Confusa, nossa protagonista passa
por momentos difíceis. Depois de
tantas perdas e de tudo que
passou e foi levada a fazer, ela
não é mais a mesma. E Quatro
começa a perceber que Tris não
consegue mais segurar uma
arma...
Aflingida por todos esses
questionamentos internos, Tris é
levada a tomar a decisão mais
difícil de sua vida. Algo que nem
sua paisagem do medo pôde
prever. E não imagina que será
traída por uma pessoa que ama
tanto.
Conseguirá Tris sobreviver a tudo
isso e continuar sã? O que todos
podem fazer contra a tirania da
Erudição? O que as outras facções
farão a respeito? E os sem facção,
vão ficar ao lado de quem?
O amor de Tris e Quatro
sobreviverá em meio a tanto
sofrimento? Será que finalmente
dormirão juntos?
"-Você estava certa - ele
disse, baixinho, equilibrando-
se sobre as pontas dos pés.
Ele abre um pequeno sorriso
- Sei quem você é. Só
precisava que me lembrassem
disso."
Embarque no mundo de
Insurgente para descobrir! Leiam!
Comecei a ler Insurgente, ávida,
logo depois que terminei
Divergente.
A história tomou um outro rumo,
mais sombrio, mais denso, como é
característico dos segundos livros
das séries distópicas.
Depois do caos instaurado no final
no primeiro livro, seria quase
impossível (e até incongruente)
que Tris continuasse sendo a
mesma pessoa. Nenhum ser
humano depois de passar por
tudo que ela passou ficaria bem e
sorrindo. É como se os fantasmas
de tudo que fizemos no passado
ficassem ao nosso lado nos
lembrando de tudo de ruim que
aconteceu. Agora imaginem isso
envolvendo mortes de pessoas que
você ama e sendo uma delas
cometida por você mesmo?
"Descobri que as pessoas são
formadas de camadas e mais
camadas de segredos. Você
pode achar que as conhece,
que as entende, mas seus
motivos estão sempre ocultos,
enterrados em seus próprios
corações. Você nunca as
conhecerá de verdade, mas às
vezes decide confiar nelas."
Confesso que em alguns
momentos fiquei incomodada com
as atitudes da Tris neste livro,
completamente perdida e
contraditória, além de auto-
depreciativa. Mas depois entendi,
e realmente não haveria como a
autora escrevê-la com uma
postura guerreira-estou-pronta-
para-tudo-nada-me-abala. E, após
perceber isto, fiquei feliz com o
rumo que a história tomou.
"Mais do que tudo, sinto
saudade dos medos que senti
nas últimas semanas, tão
pequenos quando
comparados aos de agora."
Quatro, como sempre, estava de
tirar o fôlego. Calmo, responsável
e pé no chão mesmo em situações
extremas. Além de lindo,
maravilhoso, gostoso... Oh oh! Me
apeguei a esse personagem,
porque será?
Os outros personagens foram uma
surpresa para mim. O mundo
mudou para todos e ver a reação
de cada um foi bem interessante.
Como dizem, é na guerra onde
conhecemos os nossos verdadeiros
amigos e também os inimigos.
Infelizmente Tris se decepcionou
com alguns, mas foi igualmente
surpreendida por outros (num
lado bom).
Toda a política discutida nesta
série é impressionante. A autora
aborda de uma forma esplêndida
o que o poder em mãos erradas
pode fazer e o que as pessoas são
capazes de fazer para obtê-lo.
Além de mostrar o tempo todo o
efeito da opressão sobre pessoas
desinformadas. Ás vezes a
verdade está bem na nossa frente,
mas por viver de um certo a vida
inteira, é difícil enxergá-la,
principalmente quando ela vai
contra tudo que sempre
acreditou...
"– Insurgente. Substantivo.
Uma pessoa que age em
oposição à autoridade
estabelecida, mas que não é
necessariamente considerada
agressiva."
O final foi surpreendente, gostei
muito! Estou ansiosíssima para ler
o próximo (talvez não tão ansiosa
assim depois dos spoilers que
vazaram) , que lança nos Estados
Unidos dia 22 deste mês \o (lógico
que vou comprar o ebook em
inglês). O título é Allegiant, e é o
último livro da série. A previsão
de lançamento aqui no Brasil é em
2014.