quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

[Resenha] Dezessete Luas

Sinopse: Juntos, Ethan e Lena
podem enfrentar qualquer ataque
de Gatlin. Ao menos era assim que
funcionava antes de Lena sofrer
uma perda trágica e começar a se
afastar e gaurdar segredos que
estão testando o relacionamento. E
agora que Ethan abriu os olhos
para o lado negro de Gatlin, não
há como voltar atrás. Assombrado
por estranhas visões que somente
ele consegue ver, Ethan vai sendo
puxado cada vez mais para dentro
da história confusa de sua cidade.
A Trama : Depois de Dezesseis
Luas, já conhecemos o condado de
Gatlin, seus segredos e seus
habitantes. E esse foi o primeiro
aspecto do livro que incomodou.
Entendo que é necessário retomar
alguns pontos, até para que os
leitores lembrem o que aconteceu
no livro anterior, agora, repetir
várias vezes que Ethan sonhava em
deixar Gatlin até conhecer Lena
(entre outras coisas)... Isso nós já
estamos cansados de saber!
Após a morte de seu tio, Macon,
Lena está se distanciando cada vez
mais de Ethan e o garoto, que não
sabe o que aconteceu naquela
noite, não consegue entender as
razões dela para isso. Então ele
começa a ir atrás dela, ela a fugir
dele, e isso se repete por todas as
mais de 400 páginas.
A história teve uma queda de
qualidade considerável quando
comparada ao primeiro volume. O
desenvolvimento foi lento, e sem
muitos acontecimentos marcantes.
E então, nas últimas 100 páginas,
tudo se resolve rápido demais.
Os Protagonistas: Ethan em muito
pouco lembra o garoto de humor
sarcástico que era em Dezesseis
Luas. Agora ele só pensa em Lena,
em ir atrás de Lena, entender
porque Lena foge dele, o que está
acontecendo com Lena e blá, blá,
blá... Tudo se resume a Lena , e
como deu pra perceber, de forma
um tanto quanto cansativa.
Lena, embora domine os
pensamentos de Ethan, aparece
muito menos nesse segundo
volume. E confesso, não senti
muita falta da protagonista, pois
nos momentos em que aparecia ela
estava extremamente irritante e
birrenta.
Os Personagens Secundários : A
morte de Macon foi, sem dúvida
alguma, uma perda muito grande
para a trama. Não era à toa que
ele tinha sido um de meus
personagens favoritos no primeiro
volume.
Em Dezessete Luas podemos
conhecer um pouco mais sobre
Ridley, prima de Lena, que embora
apareça no primeiro livro, só se
deixou ser conhecida agora.
Confesso que, mesmo sendo das
trevas, simpatizei com ela desde
sua primeira aparição e, portanto,
adorei o fato de ela ter ganhado o
espaço que merece.
Outra personagem que recebeu
bastante destaque foi Liv. A
adolescente inglesa, que está na
cidade para ajudar Marien com a
biblioteca, me conquistou.
Sinceramente, com os protagonistas
tão “apagados”, ela e Ridley foram
as personagens que sustentaram
esse segundo volume e o tornaram
um pouco mais interessante.
Capa, Diagramação e Escrita : A
capa, apesar de seguir o mesmo
estilo que a primeira, não é tão
bonita assim. Achei aquela
borboleta um pouco deslocada. Na
realidade, bem deslocada, porque
não tem nada a ver com a história!
Quanto à escrita, as autoras
mantém o mesmo nível. Porém,
com Ethan tão perturbado, a
narrativa perdeu muito. As
metáforas, citações e ironias ainda
estão lá, mas com bem menos
evidência.
Concluindo: Depois da surpresa
que foi Dezesseis Luas, esperava
bastante desse livro. Infelizmente,
minhas expectativas foram
frustradas. Os personagens
perderam sua essência, o romance
ficou de lado, a ação se enrola pela
história toda... E nas últimas
páginas tudo se resolve rápido
demais, sem os ganchos que
fizeram a diferença anteriormente.
Ainda pretendo ler Dezoito Luas,
mas confesso, é apenas para ver se a série consegue se reerguer
depois de um segundo volume tão
morno.

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