sábado, 7 de dezembro de 2013

[Resenha] A Esperança - Suzanne Collins

Em Chamas foi muito bom do
começo ao fim, principalmente fim no momento em que tudo
acontece. Para quem não lembra a
Katniss desencadeou uma imensa
comoção a partir do momento em
que destruiu o campo de força que
envolvia a arena. Isso possibilitou
que uma equipe montada pelo
Distrito 13 resgatasse a Katniss e
mais alguns tributos, o Finnick e o
Beete. Deixando, assim, nas mãos
da Capital o Peeta e alguns outros
tributos.
Em A Esperança vemos a
continuação desses acontecimentos
tendo somente algumas semanas
de diferença. Por causa desses
eventos a Katniss está toda
desestruturada emocionalmente,
principalmente por conta do
“sequestro” do Peeta e a falta de
notícias que a deixa incerta sobre
o seu estado. Logo, ela se mantém
fora da revolução, sem ser o tordo,
sem ajudar em nada.
Só que a partir de um momento do
livro ela tem notícias do Peeta na
Capital, fazendo com que ela se
“anime” para ser o tordo. Começa,
nesse momento, a participação
mais efetiva dela na rebelião.
Katniss começa a ter algumas
percepções a respeito da rebelião,
a respeito do que os novos
personagens que aparecem no
Distrito 13, tal qual a Presidente
Coin, e do seu verdadeiro papel na
guerra.
O que eu vou fazer?[...]
- Eu vou ser o Tordo.
A escrita de Collins continua
magnífica e faz com que você se
lembre porque a trilogia é tão boa.
Ela soube mexer com meu
emocional por meio das emoções
afloradas na Katniss e, ao meu ver,
esse livro, por causa desses fatos,
conseguem prender ainda mais a
atenção e fazer você enlouquecer.
Algumas críticas que eu vi a
respeito de A Esperança foi que a
Katniss “perdeu a força”, o seu
espírito. Porém, eu discordo
completamente acho que esse era
um “crescimento” inevitável da
personagem, afinal depois de tudo
que ela passou, ela simplesmente
fez exatamente o que qualquer um
faria. Eu gostei muito também as
formas que ela usou para
desestruturar a Katniss, porque,
apesar de eu ter sofrido muito, ela
o fez muito bem.
Além disso, podemos ver um outro
lado de vários personagens como o
Finnick e o Haymitch, sendo o
primeiro na mesma desestrutura
emocional e o último adquirindo,
até mesmo, um ar mais
paternalista.
O momento que é mais
emocionante é o momento da
batalha, porque a Suzanne Collins,
assim como nos outros livros, não
tem pena de matar. E, naquele
momento, ela conseguiu me fazer
sofrer por personagens que eu
adorava e, até mesmo, personagens
que eu tinha conhecido há três,
quatro capítulos. É óbvio que eu
fiquei possessa e triste (e
possessa) por causa de algumas
mortes que aconteceram, mas é
inevitável.
O final do livro não fugiu do estilo
de Collins, dos outros livros. A
trilogia não teve um final perfeito
no qual ela transformou tudo em
perfeição em um capítulo. Os
personagens restantes não perdem
suas características, nem mesmo a
crença na humanidade.
Resumindo, apesar de acabar
comigo (e com os próprios
personagens) eu não imagino como
ela poderia ter terminado sem
perder a personalidade que ela
impôs nos livros anteriores.

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