domingo, 8 de dezembro de 2013

[Cor e Cinza: Encontros] Historia que estou escrevendo

Aqui vai os primeiros 2 capitulos da historia que estou escrevendo! Comentem sua opinião sobre ele!
Capítulo 1:
Hoje resolvi ir ao meu lugar favorito,e escondido. Longe de olhares dos que só me querem mau,e daqueles que querem saber o que sinto. Primeira coisa que você deve saber sobre mim: não gosto de compartilhar meus sentimentos. Sinto como se fossem segredos que só pertencem a mim. Mas há uma pessoa que conhece esse lugar. O unico a quem eu quis mostrar onde eu me sinto eu mesma. Porque só ele entende como eu me sinto sem precisar falar nenhuma palavra.
Desço pela rua de terra que me levará até o lugar que eu apelidei de Bosque das Cinzas. Em um trecho de um terreno cheio de arvores existe uma trilha quase escondida que da acesso a ele. A maioria das arvores nessa epoca esta a sem folhas. E quando vim aqui pela primeira vez me pareceu que estavam mortas,e por qualquer motivo lembrei de cinzas imediatamente,por isso o apelido.
Sigo na trilha ate encontrar ela. A arvore que sinto como se fosse minha ja que sempre qie venho aqui fico embaixo dela. Ela é grande e tem um tronco baixo,e fica fácil escala-la caso se queira. Isso foi o que me chamou atençao nela. As vezes,gosto de ficar escondida la em cima quando alguem vem pela trilha e eu nao quero que me vejam.
Mas hoje nao tem ninguem a vista como de costume. Me sento proximo o bastante do tronco para que possa repousar a minha cabeça. Tento espantar os pensamentos que vem assim que fico sem ter o que fazer. Aqueles que me assombram porque eu nao sei o que tenho que fazer para conseguir agradar as pessoas,e o mais importante a mim mesma.
De repente esculto estalos vindos de um lugar que presumo ser o começo da trilha. Um sinal de que alguem vem vindo. Subo o mais ligeiro que posso na arvore,tentando chegar o mais alto que posso para que nao seja vista por quem quer que seja que esteja chegando. Quando estou razoavelmente incoberta pelos troncos vejo uma silhueta familiar. Meu coraçao dispara,e sei que é ele.
Vejo-o erguer a cabeça e encontro seu olhar direcionado a mim. Ele sabia que eu estaria aqui quando nao me encontrasse em qualquer outro lugar. Ele sorri de um jeito meigo,e coloca as mãos na cintura em um gesto que parece que ele está dizendo algo como: "Porque nao desce? Nao finja que nao esta me vendo!" Nao consigo conter meu proprio sorriso,e digo:
"Olá,Gabriel!"
 
Capitulo 2
Não consigo tirar meus olhos dele enquanto desço da arvore. Ele nunca tinha vindo ate aqui sem mim,e ele deve ter um motivo pelo qual veio ate aqui. Pensando nisso,me sinto nervosa e nao sei dizer qual o motivo. Preciso me recompor ou ele irá perceber. Nao da para engana-lo. Ele me conhece tao bem...
- Como você sabia que eu estaria aqui? Para vc ter vindo ate aqui assim,deve ter um motivo... - minha voz embarga,e pigarreio para tentar afastar o nervosismo.
- Onde mais vc estaria? Nao te encontrei em casa. Tentei seu celular e tbm nada. Pensei que vc estaria aqui. - ele diz coçando a cabeça. Sinal que esta nervoso tbm. Me pergunto com o que.
-  Mas vc nao me respondeu porque você esta aqui de qualquer forma. - tento nao parecer muito evasiva. Nao é como se eu nao estivesse gostando dele estar aqui. É so o meu eu anti social.
- Nao posso estar aqui so pq quero te ver? - ele fala se aproximando,e o seu olhar parece sincero. Ainda assim nao deixo de sentir que tem algo q ele nao esta me falando.
- Ok! - eu digo levantando os braços na defensiva. Ele ri do meu gesto,e em poucos segundos ele me puxa para um abraço.
Ele é um pouco maior que eu,tem o corpo razoavel,nem magro nem gordo. E parece ter sido feito na medida certa para meu encaixe. Ele me afasta um pouco para olhar meu rosto e me sinto confortada por ter ele aqui.
- Laura,vc parece triste. E eu sei q vc so vem aqui quando quer ficar sozinha. E nao adianta dizer q esta tudo bem! - ele diz meio ralhando,meio brincando quando tento protestar.
- So o mesmo de sempre. Tentando me livrar de alguns pensamentos. Eu realmente queria ficar sozinha hoje.
Me afasto de seus braços e ele nao protesta. Isso que eu tanto gosto nele. Ele sabe a hora em que eu quero ou nao manter contato con alguem. E msm assim nao diz nada. Deixa que eu seja eu msm. Mas vejo em seu rosto um ar de decepcao. Acho que pq eu o afastei. Mas nao me importo.
- Lau,eu... - ele desvia seu olhar do meu e olha para longe - eu só queria ficar aqui hj com vc. Se nao for pedir muito. - ele agora esta olhando para o chao. Como se estivesse envergonhado. Nunca o vi agir assim antes. Como se ele estivesse...
- Gabriel,você é meu amigo e sabe que eu nunca mandaria vc ir embora. Se quer msm ficar,fique! - eu gostaria de dizer a ele que eu quero mto que ele fique e q eu ja nao quero mais ficar sozinha. Mas me contenho.
- Que bom,Lau! - ele diz vindo em minha direçao. Para em minha frente e pega a minha mao na sua. Ele olha para ela,e faz alguns circulos imaginarios na palma. Percebo um vinco se formando entre suas sombrancelhas e sei que ele esta pensando em algo. De repente,ele ergue a cabeça e parece que ia dizer algo,mas nao o faz. Depois so que eu acho que seja um minuto ele diz.
- Vamos dar uma volta pela trilha? Quem sabe uma corrida? - eu esperava q ele dissesse outra coisa,entao eu acabo rindo. Ele sempre consegue fazer rir.
- Uma corrida. E eu aposto que chegarei primeiro q vc no fim da trilha.
- Nunca. A nao ser que eu te deixe ganhar.
Me impulsiono para frente. E corro o mais rapido que posso. Ele faz o msm e ja esta ao meu lado. Ele me pega olhando para ele,da uma piscada e acelera. Garotos!
Ele passa de mim com facilidade e ja esta a uma distancia boa de mim. Nao vou conseguir ultrapassa-lo. Droga! Eu contava com a minha leveza como vantagem,mas ja vi que estava errada. A corrida dura apenas alguns segundos ja que a trilha é curta. Corro quase sem ar,e tropeço em uma pedra ja perto de Gabriel. Ele chega a tempo de me pegar e caímos os dois no chao. Caio por cima dele,mas ele me apoia em seu peito. Olho para seu rosto proximo ao meu. Tao perto que alguns fios do meu cabelo que estao na minha testa sobem e descem com sua respiraçao forçada. Terra cobre parte do seu rosto. Ele sorri para mim nem um pouco preocupado em se levantar. Nem eu.
- Voce esta bem? - ele pergunta ja que eu nao falo nada. Lembro da nossa situaçao e ja me ajeito para levantar. Ele segura meu braço.
- Voce esta bem,Lau? - ele é um tanto insistente. Me livro de seu aperto e levanto. Ele faz o msm em seguida.
- Estou otima! - olho para meu joelho e braços um pouco arranhados,mas é só isso. - Vê? Nenhum machucado serio. Como seria se vc me pegou.
- É verdade! Tbm so tenho alguns arranhoes. - novamente ele vem ao meu encontro. Ergue uma das maos. Penso q ele vai acariciar meu rosto,mas ele apenas tira um galhinho q estava no meu cabelo.
- Acho que já é hora de ir,Laura. Sua mae deve estar preocupada com vc.
Eu ja tinha esquecido disso. As horas passam tao rapido quando estou com ele.
Tudo eu que eu nao queria era ter que ir para casa. Mas nao posso fazer isso por mim e por ela.
- Oh sim! Vamos... Ela deve estar se descabelando a essa hora! - rio com o pensamento de minha mãe raivosa como um Pit Bull assim que por meus pés em casa. E ele ri tbm.
Ele oferece sua mão,e eu nao recuso. Juntos vamos para o ponto de onibus.

Capítulo 3
No onibus,me sento em uma das cadeiras proxima a janela. E Gabriel senta ao meu lado. Nao falamos nada enquanto vamos rumo a nossas casas. Olho pela janela,e já esta escurecendo. Nao sei que horas sao. Esqueci meu celular em cima da minha cama,e nao quero perguntar para ele. Mas,presumo que seja depois das 18:00 hrs. Minha mãe deve estar fumaçando. Eu sempre faço isso de sair quando ela menos espera. Fujo e nao digo nada a ninguem. Depois volto para ouvir as reclamaçoes de sempre: "Você vai se tornar uma pessoa tao ruim quanto seu pai é!", "Eu nao mereço uma filha assim!" ou "Voce se meteu com drogas,garota?". Ja estou acostumada com tudo isso.
Faz muito tempo que meu pai nos abandonou. Quando eu tinha 11 anos ele teve uma briga com minha mae por conta de seu vicio com a bebida e ela o mandou embora. Eu pensei que nossos problemas acabariam ali. Mas eu esatava enganada. Minha mãe tem crises nervosas desde entao,e eu sou o alvo de todas elas. Eu sei que tenho um pouco de culpa por ser tao acomodada e rebelde,mas nao vou mudar meu jeito por causa disso.
Gabriel me empurra de leve,e eu acordo do meu devaneio. Falta uma parada para ele descer.
- Já vou indo,Lau! Se cuida. Mais tarde te ligo! - ele me da seu sorriso costumeiro
- Não me ligue! Minha mãe estará uma fera comigo e se me ouvir falando no telefone... Manda uma mensagem. É melhor!
- Ok! - ele se abaixa,me da um beijo no rosto e se vai entre os passageiros.
Me pego rindo e com uma das mãos no local onde ele beijou. Me recomponho e espero minha parada chegar.
Depois de tres passarem desço e vou em direçao a minha casa. Enfrentar meu pesadelo.
A porta da casa está aberta. Um mau sinal. Ela so a deixa assim quando quer ter uma das 'Conversas Sérias' dela. Tento não fazer barulho ao abrir o portão. Nem rangeu dessa vez. Algo esta ao meu favor afinal! Vou na ponta dos pés pelo terraço,entro na sala. Nem sinal dela. Vou em direção ao meu quarto e ainda não vejo ela. Muito estranho. Ela deveria estar na sala ou na cozinha como de costume. Talvez ela esteja no quintal. Suspiro e abro a porta do meu quarto. E lá está ela. Sentada na minha cama olhando diretamente para mim. Percebo que estou de boca aberta e a fecho. Ela nao diz nada,e posso ver em sua expressao toda a raiva e repulsa que ela tem de mim. Eu a lembro meu pai.
Um vinco surge em sua testa e seu olhar penetra o meu me acusando ainda mais do que se ela estivesse falando. Isso dura 30 segundos apenas. Ela levanta e vem em direçao a porta. Eu esqueço como se anda e tropeço sobre meus pés,mas consigo sair do caminho. Quando olho para trás nao a vejo mais.
Entro no quarto que esta uma zona. Outro mau sinal. Minha mae tem toque para arrumaçao,ela nao deixa nada bagunçado. Nem mesmo quando a bagunça é minha. Me jogo na cama pensando no porvir. Se sempre sera assim essa guerra interminavel entre nos. Minha barriga ronca e so assim eu deixo os pensamentos irem. Vou a cozinha pegar algo para comer e ainda nao a vejo. Deixo para la,e abro as panelas que estao no fogao. Nada,vazias. Estranho,muito estranho. Abro o armario,e meus lanches desapareceram.
Entao eu começo a entender o meu castigo. Fico furiosa e grito: - Mãe onde vc está?
Corro pela casa e a acho regando as plantas em um corredor ao lado da casa.
- Mãe,porque nao tem comida feita? E onde estao meus lanches?
Ela para de regar as plantas,e olha para mim. Um olhar ressentido. Ela esta realmente chateada comigo.
- Eu cheguei no meu limite! Esta na hora de você crescer,e cuidar de si propria. Parar de ser uma qualquer! Será que voce nao vê? Nao entende?! Se quiser comer faça sua propria comida! E me deixe em paz.
Fico chocada. Melhor dizendo,horrorizada. Ela nunca me deu um castigo tão severo. Mas eu já tenho 16 anos,não vou me abater por isso. Nao vou dar o braço a torcer. Me viro sem dizer uma palavra e me vou. Me tranco no quarto e me jogo novamente na cama. Mas nao quero pensar nisso tudo. Nao agora.
Ainda estou com fome e tenho que dar um jeito nisso. Corro ate meu guarda a roupa a procura da minha caixinha onds guardo meu dinheiro. Tenho 20 reais que pelo jeito nao iram durar muito. Pego 10 reais e procuro uma roupa para vestir. Vejo um short jeans esfarrapado e uma camiseta cinza da Nirvana. Vai ter que servir.
Como eu havia me lembrado meu celular esta na minha cama do mesmo jeito que deixei. Mando uma mensagem para o Gabriel:
"Por favor,me encontre na esquina aqui da rua. Aconteceram umas coisas. Te explico quando chegar. Bj"
Uns 5 minutos depois meu celular vibra. O nome dele aparece na tela e eu rio.
"Estou meio enrolado aqui. Mas em 20 minutos estarei chegando. Espero que nao seja nada serio. Bjs"
Penso em responder que eu poderia morrer de fome em 20 minutos,mas envio apenas um "Ok!".
Passados 25 minutos chega uma sms. "Desculpa o atraso. Voce ainda vai?" Rolo meus olhos e respondo: "Claro! Estou indo."
Chego na esquina primeiro. Depois de uns longos minutos,o vejo a uns 30 metros adinte. Ele esta com uma camisa preta,e uma bermuda jeans. Seu cabelo liso esta com um topete mau feito com gel e alguns fios de cabelam escapam e cobrem sua testa. Ele é realmente agradavel aos olhos!
- Lauuuu! - ele grita a alguns metros erguendo um dos braços como se eu nao pudesse vê-lo. - Lau,pensei que voce nao viria mais.
- Com a fome que eu estou?!? - o encato incredula até que lembro que ele nao sabe de nada.
- Fome? Voce ainda nao comeu?
- Nao quero falar sobre isso agora. Vamos! - o puxo pelo braço e o levo em direção a uma lanchonete proxima. Compro dois cachorros quentes com tudo que meu dimheiro pode pagar,o que é nao é nada mais do que um pouco de batata palha por cima.
Gabriel me olha assustado porque estou comendo em uma velocidade incrivel. E acabo os dois antes de ele acabar o dele.
- Laura,porque voce nao tinha comido nada? - ele me olha com um olhar divertido e eu esqueço o que ele perguntou.
- O que voce perguntou?
- O porque de voce nao ter comido. E porque voce me chamou aqui...
- Ah sim! - eu abaixo a cabeça meio envergonhada pela situaçao. - Minha mae nao fiz comida para mim,e deu um sumiço nos lanches que eu tinha comprado. Castigo por eu ser uma filha tão ingrata,acredita? - falo ironicamente,e Gabriel meio que ri. So com ele eu consigo fazer brincadeira com uma coisa seria. - Na verdade,ela nao irá mais fazer nada para mim. Me deixou bem claro isso. Estou por minha conta e risco!
- Nossa,Laura! Sua mae foi mesmo,como eu digo... Bem ruim dessa vez. Mas nao diga que eu nao avisei a voce! Eu falei para voce manerar nisso de sair de casa sem dar explicaçoes. Voce so tem 16 anos!
- E voce tem quanto? 50? Que eu saiba voce so é um ano mais velho do que eu!
Eu fico realmente chateada com ele. Nao saí de casa para ouvir mais sermoes. Eu nao.chamei ele aqui para passar na minha cara o que a minha mae diz. Eu me levanto e vou em direçao a saida. Quando percebo ja estou correndo,mas sinto que ele veio atras de mim. Olho por cima do ombro e confirmo a suspeita. Ele é muito insistente.
De repente,ele agarra meu braço e me puxa para si. Nao encosto nele,mas fico perto o bastante para que ele me olhe nos olhos.
- Laura,porque voce sempre tem que fugir? Porque voce nao comaegue aceitar uma opiniao diferente da sua? - ele segura meus ombros com pulso firme e me balança um pouco. Vejo uma nevoa de ressentimento em seu rosto. Ele acha que eu deveria ser forte.
- Me solte! Voce nao sabe do que esta falando! - eu tento parecer firme,mas ele nao me solta.
- Para que,Laura? Para voce sair correndo e sabe Deus fazer o que por aí? Para voce se trancar no seu quarto?
- Voce nao tem o direito! Voce pensa que é o que? Ou melhor,quem voce pensa que é para saber o q eu devo fazer?!? - olho em seus olhos com raiva pulsando em meu corpo. Mas nao consigo prosseguir assim. Ele me puxa para mais perto e se abaixa para beijar a minha testa. Tira alguns fios de cabelo do meu rosto,e eu estremeço com seu toque. Inclino minha cabeça em direção a sua mão.
- Lau,não seja assim tao.rebelde. Voce pode ferir os sentimentos dos outros,nao so o da sua mae. Mas ainda assim eu sempre estarei aqui. - ele se inclina novamente e eu deixo que ele venha.
Ele segura meu rosto entre suas maos e me beija. Me sinto como se eu nunca houvesse beijado alguem antes. Ele pressiona seus labios forte nos meus,pedindo por mais e eu nao nego. Meu corpo é um ima e ele me atrai de uma maneira avassaladora. Minhas maos puxam seus cabelos de leve trazendo seu rosto para mais proximo,e ainda nao.parece o bastante. Suas maos descem e sobem por minhas costas apertando,me puxando. Entao percebo que estamos na rua, e o empurro. Eu nunca me agarrei assim com ninguem antes em publico.
- O que foi,Laura? - ele diz com um sorriso sedetor,e com as maos na minha cintura,ele nao vai me deixar sair tao ligeiro.
- Estamos na rua,Gabriel! O que vao pensar? E eu ainda estou chateada com voce! - eu digo rindo. Entao nao tera grande efeito.
- Hum,sei. Não gostou do meu beijo foi? - ele tambem ri e sei que esta brincando.
- Hum,nao sei. - digo me encoatando nele. - Quem sabe se com mais um beijo eu possa realmente saber? - ele ri e me beija novamente e agora eu ja nao penso em mais nada.

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